Riqueza, composição, abundância e distribuição de ciclopóides nas regiões litorânea e limnética do lago Tupé, Manaus, AM, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Filho Segundo, Walter Oliva Pinto
Orientador(a): Santos-Silva, Edinaldo Nelson dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11245
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4240172E3
Resumo: Estudos com copépodes ciclopóides na bacia amazônica têm sido realizados ao longo dos anos, concentrando-se principalmente na região limnética dos lagos e rios, deixando de lado os organismos que habitam a região litorânea. Na Bacia Amazônica os registros de ciclopóides são escassos, e poucos estudos deram destaque para este grupo. Em lagos de água preta, a região litorânea é bastante diferenciada, especialmente pela falta de macrófitas aquáticas flutuantes e pelo alagamento da floresta de igapó e da serapilheira nas margens, o que constitui novos hábitats. No lago Tupé esta diferenciada zona litorânea não é permanente, estando presente apenas durante o período de águas altas, sendo que na seca as margens desse lago são predominantemente arenosas e o lago constitui um sistema tipicamente limnético. Neste trabalho tivemos o objetivo de determinar a composição, riqueza, abundancia e distribuição das espécies de ciclopóides associados a diferentes hábitats no lago Tupé. Os hábitats estudados compreenderam aqueles ligados a região central (zona limnética) do lago e os ligados a região litorânea (serapilheira e bancos da macrófita aquática Utricularia foliosa). Os períodos de amostragens compreenderam os meses de abril, junho, setembro, outubro e novembro de 2008 e fevereiro de 2009, obtendo-se dados qualitativos e quantitativos. Um total de 9 táxons de ciclopóides foram registrados, (Allocyclops neotropicalis, Eucyclops sp. Macrocyclops albidus albidus, Mesocyclops brasilianus, Mesocyclops longisetus, Metacyclops brauni, Microcyclops allius, Oithona amazonica e Thermocyclops decipiens) destacando-se a família Cyclopidae com maior numero de espécies (5), e a família Oithonidae com apenas um representante (Oithona amazonica) apresentou a maior abundância em todo o estudo. As maiores riquezas foram observadas na serapilheira (8) táxons, nos bancos de U. foliosa (4) e na região limnética (3). No geral a riqueza de espécies foi maior no período de águas altas, quando a floresta de igapó estava alagada e os bancos de U. foliosa e a serapilheira inundada tornavam-se presentes. A entrada de água para o lago e a formação de novos hábitats influenciou na riqueza de espécies da região litorânea, fato este que não ocorreu para a região limnética.