Comparação entre métodos de amostragem de luz e o efeito dos fatores bióticos e abióticos sobre sua disponibilidade em uma floresta tropical na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11878 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4262874D3 |
Resumo: | Vários estudos indicam a luz como o principal recurso determinante do número de espécies, crescimento, regeneração e reprodução das árvores presentes no sub-bosque das florestas tropicais maduras. Porém, estudos empíricos apresentam resultados contraditórios, tanto em relação à distribuição da luz na paisagem, quanto sobre seus efeitos na assembléia de plantas, o que dificulta a proposição de uma teoria robusta sobre o assunto. As divergências entre os estudos provavelmente estão relacionadas aos fatores naturais, como a arquitetura da floresta, a variação morfológica e ontogénetica das espécies, e a fatores técnicos, como a ineficiência de medidas indiretas e subjetivas da transmitância e a falta de controle das variáveis ambientais. Este estudo tem dois objetivos. (1) Comparar métodos de medida de luz e (2) testar se a variação da luz está relacionada com algumas variáveis ambientais em floresta de terra-firme da Amazônia. Para o primeiro objetivo, comparamos as medidas de luz oriundas de fotografias hemisféricas com medidas do sensor V:VL (vermelho vermelho-longo) para diferentes tamanhos de amostras. Além disso, testamos se número de registro influencia os valores de transmitância obtidos com o sensor. Em relação ao segundo objetivo, testamos se existe algum padrão de distribuição da luz relacionado à topografia, número de árvores ocupando o sub-bosque e a biomassa arbórea viva acima do solo. Coletamos os dados de transmitância em trechos de 250 metros em 23 parcelas, distantes 1 km entre si, distribuídas sobre a Reserva Ducke, Manaus. Não houve relação entre as fotografias hemisféricas e as medidas do sensor. Porém, existe uma forte relação entre os valores de transmitância obtidos com muitos e poucos registros. Ao contrário do sugerido em estudos anteriores que usaram categorias topográficas e uma categorização simplificada da luz em clareiras e não-clareiras, neste estudo, a transmitância não esteve relacionada com a topografia e tampouco com o número de árvores no sub-bosque. Por outro lado, a biomassa arbórea viva acima do solo foi uma preditora da variação da transmitância. Nesse sentido, em áreas com maior biomassa, o desvio padrão da transmitância é menor, enquanto que a transmitância em áreas com menor biomassa é espacialmente heterogêneo. Devido essa amplitude de variação em áreas de menor biomassa, os processos fisiológicos e os nichos relacionados à disponibilidade de luz podem ser mais variados em áreas de menor biomassa. |