Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Quadros, Janice Machado de |
Orientador(a): |
Feldberg, Eliana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11434
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Resumo: |
O gênero Cichla compreende 15 espécies válidas, conhecidas como tucunaré, que se distribuem por toda Amazônia. Algumas espécies foram introduzidas em diferentes bacias hidrográficas brasileiras, onde tiveram uma boa adaptação. Alguns estudos têm apontado a existência de híbridos interespecíficos, em ambientes onde ocorrem mais de uma espécie deste gênero. Ainda, pode ocorrer o retrocruzamento com os parentais, fenômeno que pode levar à introgressão de genes. Este processo também é comum entre diferentes linhagens, particularmente quando espécies alopátricas são introduzidas em novos habitats. A fim de investigar a existência de híbridos entre as espécies deste gênero, nós coletamos indivíduos de diferentes espécies de tucunaré (C. monoculus, C. temensis, C. pinima, C. kelberi, C. piquiti, C. vazzoleri) em diferentes locais da bacia amazônica. Estes foram analisados citogeneticamente, e todos os indivíduos apresentaram 2n=48 cromossomos acrocêntricos. A heterocromatina foi encontrada preferencialmente em regiões centroméricas e terminais, com variações entre indivíduos de Cichla monoculus, de diferentes locais. Essa variabilidade intraespecífica no padrão heterocromático pode ser o resultado de adaptação e/ou respostas epigenômicas da cromatina a mudanças no ambiente, devido a sua ampla distribuição pela Amazônia. A região organizadora do nucléolo (RON) foi localizada no par 2, coincidente com DNAr 18S, em todos os indivíduos analisados. O DNAr 5S, entretanto, apresentou dois padrões: no 4º e no 6º par. Entre todos os indivíduos, três foram considerados híbridos, morfologicamente, coletados na UHE de Balbina, junto com C. temensis, C. monoculus e C. vazzoleri. Do ponto de vista citogenético, estes indivíduos se diferenciaram em relação ao padrão de banda C, que mostrou-se similar entre híbridos e a C. monoculus coletado em Anavilhanas e em relação à localização do DNAr 5S, que em um indivíduo esteve em posição intersticial no primeiro cromossomo do par 4 e no segundo cromossomo do par 6 (C. temensis ou C. monoculus X C. vazzoleri), em outro indivíduo, a marcação do DNAr 5S se fez presente em ambos os cromossomos do par 4 (C. temensis X C. monoculus) e num terceiro indivíduo, a marcação evidenciou o segundo cromossomo dos pares 4 e 6 (C. temensis ou C. monoculus X C. vazzoleri), o que nos permite sugerir os possíveis parentais dos híbridos. Os sítios teloméricos foram restritos às regiões terminais dos cromossomos e os retrotransposons Rex3 e Rex6 apresentaram um padrão de distribuição disperso em porções de heterocromatina e eucromatina. |