ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Cichla piquiti (PERCIFORMES: CICHLIDAE) NO RESERVATÓRIO DA USINA HIDRELÉTRICA DE SERRA DA MESA, GOIÁS, BRASIL.
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Exatas e da Terra BR PUC Goiás Ecologia e Produção Sustentável |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2535 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi analisar os aspectos da biologia reprodutiva de Cichla piquiti (Tucunaré-azul) no reservatório da Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, um ambiente de sua ocorrência natural (rio Tocantins, Goiás, Brasil). Foram amostrados 217 espécimes, sendo 109 fêmeas e 108 machos ao longo de um ciclo reprodutivo anual (outubro de 2012 a setembro de 2013) com o emprego de iscas artificiais. Os dados biométricos dos peixes e da classificação macro e microscópicas dos estádios de maturação gonadal embasaram a investigação dos seguintes parâmetros reprodutivos: 1) o tipo de desova, pela morfologia das gônadas em cada estádio de desenvolvimento; 2) o período reprodutivo, através das frequências temporais dos estádios de maturação gonadal, do Índice Gonadossomático (IGS) e do Fator de Condição (K1 e K2); 3) a existência de sazonalidade reprodutiva; 4) o tamanho da primeira maturação (L50); 5) o tamanho em que 100% da população está apta à reprodução (L100); 6) a composição da população em comprimento total e proporção sexual; e 7) a relação pesocomprimento da espécie. Os resultados indicaram desova parcelada e intensa atividade reprodutiva em todos os meses do ano, não havendo sazonalidade reprodutiva. Não houve diferenças na proporção sexual ao longo do ano. Houve dimorfismo sexual no crescimento, com crescimento alométrico positivo dos machos e crescimento alométrico negativo das fêmeas. Os machos apresentaram maiores amplitudes de comprimento total e peso que as fêmeas, além de tamanhos de primeira maturação gonadal (L50) mais elevados que as fêmeas, sendo 32 cm para machos e 33,5 cm para fêmeas. O L100 foi estimado em 33,4 cm para machos e 34,2 cm para fêmeas. A variação na condição corporal representada pelo Fator de Condição somático (K2) variou somente para as fêmeas, assim como as variações do Índice Gonadossomático (IGS) nos diferentes estádios de desenvolvimento gonadal, ambos possivelmente em função do peso desprezível dos testículos quando comparados aos ovários. Não houve variações temporais expressivas do Índice Gonadossomático (IGS) e do Fator de Condição total (K1) de machos e fêmeas, possivelmente pela presença de indivíduos maduros e esvaziados durante todo o ano. As variações da temperatura do ar, precipitação acumulada e volume do reservatório não afetaram a atividade reprodutiva, o que pode indicar sucesso reprodutivo de Cichla piquiti nas mais variáveis condições do ambiente. Ainda assim, monitoramentos contínuos da população seriam necessários para manejo e preservação da espécie em sua bacia original. |