Ecofisiologia de plantas jovens de Garcinia Brasiliensis Mart. (Clusiaceae) submetidas a diferentes regimes hídricos e a alta temperatura.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gouvêa, Paula Romenya dos Santos
Orientador(a): Marenco, Ricardo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5241
http://lattes.cnpq.br/8802743882830605
Resumo: A fruticultura é uma opção interessante para o desenvolvimento agronômico no Amazonas. As condições favoráveis para produção de várias espécies nativas e exóticas tornam-se uma excelente opção para recuperação de áreas degradadas e geração de renda. No entanto a variabilidade no clima e o estresse hídrico são cada vez mais prejudiciais para a produtividade. O presente trabalho teve por finalidade avaliar o comportamento ecofisiológico de plantas jovens de Garcinia brasiliensis submetidas a diferentes regimes hídricos e temperatura. O estudo foi realizado em casa de vegetação no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em Manaus-AM. Foram realizados dois experimentos, por delineamento inteiramente casualizado. O experimento I com sete repetições foi iniciado 190 após a germinação, e teve duração de 90 dias. Os níveis de água no solo foram divididos em quatro tratamentos sendo a estes: 100, 75, 50 e 25% da capacidade de campo. As variáveis analisadas foram, o potencial hídrico foliar (Ψf), a condutância estomática (gs), a fotossíntese máxima (Amax), a transpiração (E), a respiração no escuro (Rd), a eficiência no uso da água (EUA), a eficiência intrínseca no uso da água (EIUA), a eficiência quântica máxima (Fv/Fm), o rendimento quântico efetivo (ΦFSII), a taxa de transporte de elétrons (ETR) e a dissipação não fotoquímica (NPQ). Dados bioquímicos como pigmentos cloroplastídicos, carboidratos, prolina, e as variáveis de crescimento como altura do caule, diâmetro, área foliar, e alocação de massa seca também foram analisados. A deficiência hídrica levou à redução da área foliar promovendo uma diferença estatística (p ≤ 0,035). Não houve diferença estatística nos parâmetros de trocas gasosas e pigmentos cloropastidícos. O efeito dos tratamentos nos teores de açúcar (p ≤ 0,001) e amidos foi significativo (p ≤ 0,001), com aumento de 64% no tratamento com menor disponibilidade hídrica. O efeito dos tratamentos nos teores de prolina foi significativo (p = 0,05). O experimento II foi realizado 90 dias após a germinação, com duração de 15 dias, foram avaliados os regimes hídricos e a fluorescência da clorofila a em mudas expostas a duas temperaturas 27° C e 38° C. Não houve efeito dos regimes hídricos, mas houve efeito da exposição à alta temperatura no rendimento quântico máximo da fluorescência (Fv/Fm) a qual foi reduzida em 16% em plantas expostas a temperatura de 38°C em comparação a temperatura de 27°C, indicando que o aparato fotoquímico estava comprometido em razão da exposição a alta temperatura. Já os valores do rendimento quântico efetivo, a taxa de transporte de elétrons e a dissipação não fotoquímica sofreram diferença significativa, somente quando houve a exposição à alta temperatura, não havendo diferença dos regimes hídricos ou interação entre regime hídrico e temperatura. Em todas as situações analisadas as mudas de Garcinia brasiliensis mostraram estratégias distintas, e conseguiram se aclimatar aos diferentes tipos de estresse impostos.