Efeito da exploração madeireira de baixo impacto sobre populações de primatas amazônicos, Itacoatiara, AM
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11845 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4237496U6 |
Resumo: | O grande interesse em conciliar a conservação da biodiversidade com a utilização econômica de florestas tropicais tem incentivado o aperfeiçoamento e a utilização de técnicas de manejo florestal para minimizar os impactos causados na floresta. Essas técnicas procuram viabilizar a manutenção de populações representativas de flora e fauna em áreas de exploração madeireira. Contudo, alterações na vegetação podem afetar a fauna, a exemplo de primatas, e assim comprometer a sustentabilidade de ecossistemas florestais à longo prazo. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos diretos da exploração madeireira de baixo impacto sobre as populações de primatas e a estrutura física do hábitat na área da empresa Mil Madeireira, Itacoatiara, Amazonas, Brasil. Os levantamentos populacionais de primatas foram realizados através do método de transectos lineares em nove UPAs (Unidades de Produção Anual) com diferentes idades de exploração (1997- 2006), e dois controles (áreas não-exploradas), com esforço amostral total de 352 km percorridos. A caracterização física do hábitat foi feita através de amostragem da proporção de abertura de dossel, estrutura física e densidade total de árvores. A estrutura física de árvores manteve-se semelhante em todas as áreas amostradas (UPAs e controles), com uma pequena diminuição na densidade total de árvores das UPAs quando comparadas com os controles. A abertura de dossel diminuiu em relação a tempo pós-exploração madeireira, devido à regeneração ao longo dos anos. Os efeitos diretos da exploração madeireira causaram pequenas modificações nas características físicas do hábitat, que parecem não influenciar a utilização das áreas exploradas pelas espécies de primatas. Além disso, a floresta está mantendo populações de espécies exigentes, como Ateles paniscus, que apresentou a maior abundância relativa. Estes resultados indicam que a exploração madeireira de baixo impacto, em um gradiente temporal de até 11 anos após o primeiro ciclo de corte, não afetou significativamente as populações de primatas e características estruturais do hábitat. |