Dinâmica de carbono em floresta explorada e em floresta nativa não explorada na Amazônia
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4960 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761061D4 |
Resumo: | A floresta amazônica tem estado cada vez mais em evidência nas discussões mundiais acerca de seu papel central no controle das mudanças climáticas globais, tanto pela capacidade de emitir gases do efeito estufa para a atmosfera, via queimadas ou desmatamentos, como de absorver carbono da atmosfera por meio do crescimento do povoamento. Este trabalho analisou dados de três inventários florestais realizados em duas áreas distintas: uma floresta não explorada pertencente à Embrapa Amazônia Ocidental em Rio Preto da Eva/AM; a segunda área é de uma floresta manejada experimentalmente em 1987, pertencente ao INPA em Manaus/AM. O objetivo foi estudar a dinâmica da floresta - taxas de incremento, recrutamento e mortalidade - além do estoque e dinâmica de carbono, em ambas as áreas e responder se a floresta intacta e a floresta manejada vêm atuando como emissoras ou sequestradoras de carbono para a atmosfera. Os inventários florestais foram realizados nos anos de 2005, 2007 e 2010, em 27 parcelas permanentes de 1 hectare instaladas em ambas as áreas avaliadas, onde foram mensuradas todas as árvores com DAP igual ou superior a 10 cm. Foram calculadas as taxas de recrutamento e mortalidade, DAP, área basal, volume, estoque de carbono total da vegetação e seus respectivos incrementos periódicos anuais (IPAs). Considerando-se todas as árvores mensuradas, as taxas médias de recrutamento foram de 4,9%, 4,8%, 3,7% e 5%, para os tratamentos testemunha e exploração de 1/3, 1/2 e 2/3, respectivamente; e as taxas médias de mortalidade foram de 3,1%, 6%, 4,8% e 6,7%, para os tratamentos testemunha e exploração de 1/3, 1/2 e 2/3, respectivamente. A área basal (23,1 m2.ha-1, 23,6 m2.ha-1 e 23,7 m2.ha-1), o volume (345 m3.ha-1 em 2005, 351,3 m3.ha-1 em 2007 e 353,7 m3.ha-1 em 2010) e o conteúdo de carbono (149,2 t.ha-1 em 2005, 151,8 t.ha-1 em 2007 e 152,6 t.ha-1 em 2010) apresentaram aumento a cada medição realizada. Entretanto, a diferença estatística entre estes valores não foi significativa, assim, concluiu-se que as florestas avaliadas, manejadas experimentalmente e não manejadas, estiveram em equilíbrio com a atmosfera durante o período avaliado. A comparação do estoque de carbono dos anos mensurados com o estoque pré-exploratório, em 1986, mostrou que no ano de 2010 o estoque de carbono se igualou ao conteúdo de antes da exploração florestal, significando a recuperação da floresta. Quando as análises foram feitas sem considerar os efeitos da mortalidade e do recrutamento, os resultados foram diferentes. A área basal aumentou de 21 m2.ha-1 em 2005 para 21,9 m2.ha-1 em 2007 e 23,1 m2.ha-1 em 2010; o volume aumentou de 313,7 m3.ha-1 em 2005 para 327 m3.ha-1 em 2007 e 344,3 m3.ha-1 em 2010; o conteúdo de carbono, de 136,3 t.ha-1 em 2005 para 141,8 t.ha-1 em 2007 e 148,9 t.ha-1 em 2010. A diferença entre estes valores indica que, ao desconsiderar os efeitos da mortalidade sobre o povoamento, a floresta estudada não esteve em equilíbrio, e sim crescendo e atuando como sumidouro de carbono da atmosfera. |