Eficiência de porta-enxertos para a cultura do tomateiro, visando o controle da murcha bacteriana e desempenho agronômico
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Agricultura no Trópico Úmido - ATU
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5346 http://lattes.cnpq.br/8013304583313855 |
Resumo: | A murcha-bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum, é uma das principais doenças que acometem o cultivo do Tomateiro em climas tropicais, limitando a produção. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a potencialidade de espécies de solanáceas como porta-enxerto em tomate comercial, sobre características agronômicas, qualidade dos frutos e no controle da murcha bacteriana. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro blocos, e seis tratamentos sendo eles os porta-enxertos: Cubiu (Solanum sessiliflorum); duas cultivares de Jiló (Solanum aethiopicum), a comprido verde claro e a morro grande; Jurubebão (Solanum lycocarpum) e Jurubeba Juna (Solanum stramonifolium), enxertados com o tomateiro cultivar Santa Cruz Kada, susceptível à doença. Foram avaliados o índice de pegamento, a altura da planta e o número de folhas aos 15 dias após a enxertia, e o diâmetro do caule do porta-enxerto, o diâmetro do caule do enxerto e o diâmetro do ponto de enxertia aos 30, 60, 90 e 120 dias após o transplantio. Os frutos foram colhidos regularmente para a avaliação do número total de frutos, número de frutos comerciáveis, número de frutos refugo, massa média dos frutos comerciáveis e refugo, diâmetro vertical e diâmetro horizontal, produção de frutos comerciáveis, produção de frutos refugo, e produtividade. A qualidade dos frutos foi mensurada pela análise de sólidos solúveis totais, pH da polpa, acidez titulável e relação entre sólidos solúveis e acidez titulável. A incidência da doença foi avaliada semanalmente após a averiguação da primeira planta murcha. Observações morfológicas e histológicas do calo cicatricial dos tratamentos avaliados foram realizadas. Todos os porta-enxertos avaliados apresentaram índice de pegamento ≥ 93,33%, indicando não haver incompatibilidade inicial entre as combinações avaliadas. O número de frutos comerciais diferiu significativamente nos porta-enxertos jiló comprido verde claro e cubiu, sendo este o tratamento com menor número total de frutos e número de frutos comerciais dentre os tratamentos avaliados. O cubiu apresentou os menores valores de produção de frutos comerciais e produtividade em relação aos tratamentos, com exceção da jurubeba juna em que não diferiu. Não houve incidência da murcha-bacteriana nos porta-enxertos jiló comprido verde claro e jurubeba juna, que conferiram resistência a doença nas plantas neles enxertadas. Os cortes histológicos evidenciaram características de incompatibilidade do tomateiro avaliado com os portaenxertos cubiu, jurubebão e jurubeba juna. Os porta-enxertos jiló comprido verde claro e jurubeba juna apresentaram alto índice de pegamento, resistência à murcha-bacteriana, e produtividade estatisticamente igual à testemunha nas condições do presente trabalho, de forma que possuem grande potencial para o uso como porta-enxertos na cultura do tomate. Palavras-chave: Solanaceae, Ralstonia solanacearum, Solanum lycopersicum, Resistência. |