Alterações fisiológicas e bioquímicas durante a germinação de sementes de espécies da flora amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Melo, Zilvanda Lourenço de Oliveira
Orientador(a): Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12850
http://lattes.cnpq.br/4278060081240457
Resumo: A Amazônia apresenta um dos maiores índices de biodiversidade do mundo, no qual estão incluídas espécies vegetais com grande potencial econômico. Os estudos sobre a reprodução dessas espécies vegetais são, portanto, essenciais para atender às necessidades econômicas e sócio-ambientais que poderiam garantir, em parte, o desenvolvimento sustentado. O fato mais marcante é que, na ausência de conhecimentos e de tecnologias mais eficazes, esses recursos naturais da Amazônia vêm sendo explorados sem manejo adequado. No que concerne à biologia de sementes, pode-se afirmar que existe pouco conhecimento disponível para o manejo e análise das sementes da maioria das espécies da flora amazônica, de modo a fornecer dados que possam caracterizar seus atributos físicos, fisiológicos e bioquímicos, no sentido de aproveitar suas potencialidades integralmente. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar aspectos morfo-fisiológicos e metabólicos de espécies florestais e frutíferas da Amazônia (Dipteryx odorata e Hymenaea courbaril, Myrciaria dubia e Eugenia stipitata), bem como analisar as características da germinação e as potenciais mudanças nas rotas bioquímicas ligadas ao metabolismo primário (carboidratos, lipídios e proteínas). Os resultados dos ensaios de germinação mostraram que as espécies, mesmo apresentando alta germinabilidade, apresentaram diferenças no percentual, tempo e velocidade de germinação, sugerindo que fatores endógenos podem influenciar a germinação dessas espécies. A quantificação de carboidratos, proteínas e lipídeos, bem como a determinação dos padrões protéicos e o perfil dos ácidos graxos confirmaram que as espécies apresentam diferenças entre si tanto na quantidade de compostos orgânicos estocados quanto na mobilização dessas reservas. Esses resultados permitiram concluir que as sementes das espécies estudadas exibiram teor quantitativo e qualitativo diferenciado entre si e que estes se alteram ao longo do processo germinativo, principalmente, as reservas mais energéticas como os carboidratos e os lipídios, fazendo com que a germinação aconteça de forma mais rápida.