Condutância do mesofilo e velocidade máxima de carboxilação da Rubisco em função do horário do dia e da espessura foliar de espécies arbóreas em ambiente de sub-bosque na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nascimento, Helena Cristina Santos
Orientador(a): Marenco, Ricardo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12817
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4247034T9
Resumo: Nas últimas décadas muitos estudos sobre os processos fisiológicos das plantas têm sido realizados a fim de prognosticar os efeitos das mudanças climáticas na floresta Amazônica. Entretanto, os modelos climáticos poderão prognosticar com maior precisão o comportamento fotossintético da Floresta Amazônica, quando os dados de Vcmax e Jmax forem calculados com base nas concentrações de CO2 dentro dos cloroplastos (Cc). Isto faz-se necessário, em virtude da diferença entre as concentrações de CO2 nos espaços intercelulares e a do sítio de carboxilação no cloroplasto. Esta diferença é imposta pela condutância do mesofilo. Assim, este estudo tem como objetivo principal determinar a velocidade máxima de carboxilação da Rubisco (Vcmax) e a taxa de transporte de elétrons (Jmax) utilizando os valores de concentrações de CO2 no cloroplasto, bem como investigar se a condutância do mesofilo varia em função das condições ambientais e das características foliares. Foram utilizadas cinco espécies arbóreas em condição de sub-bosque (Myrcia paivae, Minquartia guianensis, Eschweleira bracteosa, Faramea juruana e Psychotria carthagenensis). Os parâmetros fotossintéticos foram mensurados utilizando um analisador de gás infravermelho (irga). A condutância do mesofilo (gm) foi determinada utilizando medidas de trocas gasosas em conjunto com dados de fluorescência obtidos utilizando um fluorômetro acoplado à câmara do irga. Além disso, gm também foi determinada usando apenas dados do irga. Também foram mensurados a espessura da folha, a área foliar específica (AFE), os conteúdos de nitrogênio e fósforo foliar, taxas de incremento anual em diâmetro (IAD) e altura (IAA), índice de área foliar (IAF) e a fração de céu visível. A média de gm determinada com o irga-fluorômetro foi de 0,06 mol m-2 s-1 e 0,1 mol m-2 s-1 utilizando apenas os dados do irga. Vcmax e Jmax determinados utilizando valores Cc foram em média 30% e 12%, respectivamente, maiores do que os valores obtidos com Ci, o que destaca a importância do uso Cc nestes cálculos. A média de incremento anual em diâmetro (IAD) foi de 0,67 mm ano-1, enquanto que incremento anual em altura (IAA) as médias atingiram 75,7 mm ano-1. O efeito do horário do dia foi significativo para gm, gs, fotossíntese saturada por luz (Amax) e para taxa de transporte de elétrons calculada pelo fluorômetro (JF). Entretanto, não houve efeito do horário do dia em Vcmax. A espessura da folha e AFE não afetaram nenhum dos parâmetros analisados. A média de gm calculada utilizando apenas dados do irga foi quase o dobro daquela obtida utilizando o método irga-fluorômetro. A condutância do mesofilo foi afetada pelo conteúdo de N foliar e pela espessura da folha, mas a altura das arvores não afetou os valores de gm, o que denota a sensibilidade desta resistência apenas nas variações anatômicas das folhas.