Condutância do mesofilo e velocidade máxima de carboxilação da Rubisco em função do horário do dia e da espessura foliar de espécies arbóreas em ambiente de sub-bosque na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Botânica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12817 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4247034T9 |
Resumo: | Nas últimas décadas muitos estudos sobre os processos fisiológicos das plantas têm sido realizados a fim de prognosticar os efeitos das mudanças climáticas na floresta Amazônica. Entretanto, os modelos climáticos poderão prognosticar com maior precisão o comportamento fotossintético da Floresta Amazônica, quando os dados de Vcmax e Jmax forem calculados com base nas concentrações de CO2 dentro dos cloroplastos (Cc). Isto faz-se necessário, em virtude da diferença entre as concentrações de CO2 nos espaços intercelulares e a do sítio de carboxilação no cloroplasto. Esta diferença é imposta pela condutância do mesofilo. Assim, este estudo tem como objetivo principal determinar a velocidade máxima de carboxilação da Rubisco (Vcmax) e a taxa de transporte de elétrons (Jmax) utilizando os valores de concentrações de CO2 no cloroplasto, bem como investigar se a condutância do mesofilo varia em função das condições ambientais e das características foliares. Foram utilizadas cinco espécies arbóreas em condição de sub-bosque (Myrcia paivae, Minquartia guianensis, Eschweleira bracteosa, Faramea juruana e Psychotria carthagenensis). Os parâmetros fotossintéticos foram mensurados utilizando um analisador de gás infravermelho (irga). A condutância do mesofilo (gm) foi determinada utilizando medidas de trocas gasosas em conjunto com dados de fluorescência obtidos utilizando um fluorômetro acoplado à câmara do irga. Além disso, gm também foi determinada usando apenas dados do irga. Também foram mensurados a espessura da folha, a área foliar específica (AFE), os conteúdos de nitrogênio e fósforo foliar, taxas de incremento anual em diâmetro (IAD) e altura (IAA), índice de área foliar (IAF) e a fração de céu visível. A média de gm determinada com o irga-fluorômetro foi de 0,06 mol m-2 s-1 e 0,1 mol m-2 s-1 utilizando apenas os dados do irga. Vcmax e Jmax determinados utilizando valores Cc foram em média 30% e 12%, respectivamente, maiores do que os valores obtidos com Ci, o que destaca a importância do uso Cc nestes cálculos. A média de incremento anual em diâmetro (IAD) foi de 0,67 mm ano-1, enquanto que incremento anual em altura (IAA) as médias atingiram 75,7 mm ano-1. O efeito do horário do dia foi significativo para gm, gs, fotossíntese saturada por luz (Amax) e para taxa de transporte de elétrons calculada pelo fluorômetro (JF). Entretanto, não houve efeito do horário do dia em Vcmax. A espessura da folha e AFE não afetaram nenhum dos parâmetros analisados. A média de gm calculada utilizando apenas dados do irga foi quase o dobro daquela obtida utilizando o método irga-fluorômetro. A condutância do mesofilo foi afetada pelo conteúdo de N foliar e pela espessura da folha, mas a altura das arvores não afetou os valores de gm, o que denota a sensibilidade desta resistência apenas nas variações anatômicas das folhas. |