Manejo de Paullinia cupana var. sorbilis (Mart.) Ducke em Sistemas Agroflorestais na etnia Sateré-Mawé, Terra Indígena Andirá-Marau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vignoli, Clara Peres
Orientador(a): Sena Alfaia, Sônia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5163
http://lattes.cnpq.br/2216321814068554
Resumo: Paullinia cupana var. sorbilis (guaraná) é uma planta de importância econômica e cultural para o povo Sateré-Mawé, que alcançou um nicho de mercado diferenciado devido as práticas agroecológicas de manejo vinculadas ao etnodesenvolvimento. Utilizando de entrevistas semiestruturadas e visitas aos plantios de guaraná na Terra Indígena (T.I) Andirá-Marau foram caracterizadas as práticas de manejo adotadas no sistema de cultivo de guaraná Sateré-Mawé, bem como sua cadeia produtiva. O sistema de cultivo e beneficiamento desenvolvido pelos Sateré pode ser caracterizado como familiar, artesanal e diversificado, agregando características exclusivas à qualidade físico-química das sementes. Nos sistemas agroflorestais (SAF ́s) tradicionais de guaraná Sateré-Mawé foram encontradas 434 plantas entre arbustivo-arbóreas e palmeiras e 8 herbáceas, totalizando 142 espécies e 90 famílias botânicas. O índice e diversidade de shannon-weaver H ́1,99 e índice de equabilidade de Pielou J ́0,33. A dominância variou de 0,42 a 35,69m2/ha, com uma média de 8,91. O DAP médio das espécies arbustivas, arbóreas e palmeiras foi de 22,72 cm e a altura média de 13,97m. Das espécies inventariadas 130 são nativas e 12 exóticas. O uso mais frequente dado às plantas é como alimento (58), seguido de lenha (17), construção (17) e medicinal (13). As espécies mais frequentes foram bacaba (5,28%), morototó (3,87), inajá (3,52%), murici (3,17%) e castanha (2,82%). Os solos são em sua maioria arenosos, ácidos e pobres em nutrientes. Com plantios apresentando baixo teor de matéria orgânica em relação à área de floresta.