A atividade de trabalho e o adoecimento psíquico em técnico-administrativos em educação
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Potiguar
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Programa de Pós-Graduação: |
Outro
Mestrado Profissional em Psicologia Organizacional e do Trabalho |
Departamento: |
Natal - Central
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://memoria.ifrn.edu.br/handle/1044/1534 |
Resumo: | A problemática geral do presente estudo diz respeito à relação entre o adoecimento psíquico e a atividade de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) a partir da perspectiva da Saúde Mental e Trabalho (SM&T), com aporte teórico das clínicas do trabalho e predominância dos operadores teóricos da Clínica da Atividade. O IFRN é uma instituição centenária, reconhecida por oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade. Considerando que gestores vêm observando um percentual crescente de afastamentos por motivo de saúde psíquica entre os servidores, a presente pesquisa visa a realizar uma análise descritiva e clínica da atividade de trabalho dos TAEs do IFRN que enfrentaram adoecimento psíquico pelo trabalho. Os objetivos específicos da pesquisa são: traçar o perfil socioprofissional dos servidores TAEs do IFRN que estiveram afastados do trabalho por motivo de adoecimento psíquico; averiguar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMCs) nos servidores TAEs do IFRN; e analisar os contextos de desenvolvimento da atividade de trabalho que vulnerabilizaram a saúde psíquica dos TAEs. Optou-se pela divisão da pesquisa em dois Estudos: um descritivo-quantitativo (Estudo 1) e outro clínicoqualitativo (Estudo 2). A população deste estudo caracteriza-se por todos os TAEs do IFRN, que representavam 1.123 servidores em janeiro de 2018. No Estudo 1, os dados foram coletados por meio de questionário socioprofissional e do Self-Reporting Questionaire (SRQ20), que possibilita a descrição da saúde mental a partir do conceito dos TMCs. Por meio da análise descritiva de frequência e do teste Qui-quadrado/Fisher foi possível verificar a prevalência de 37% de TMCs entre os 434 respondentes, bem como verificar a associação entre a variável dependente e algumas variáveis contextuais (p < 0,05), tais como: o alcance das expectativas do IFRN sobre o trabalho desenvolvido pelo servidor; a organização e as condições de trabalho; e a avaliação de que o trabalho produz sofrimento. O Estudo 2 diz respeito a uma análise da atividade de trabalho de servidores que estiveram adoecidos psiquicamente pelo trabalho, realizada por meio da técnica da Instrução ao Sósia (IaS), método condizente com a abordagem da Clínica da Atividade. O Estudo 2 foi realizado com quatro trabalhadores voluntários, que exercem atividades diferentes: um pedagogo, um assistente de alunos, um assistente de laboratórios e uma assistente social. Ao analisar os impedimentos da atividade, observaram-se perda ou amputação do poder de agir nos casos analisados. Os trabalhadores que foram removidos para outro campus por motivo de adoecimento psíquico não desinvestiram na atividade e se inseriram ou produziram coletivo de trabalho favorável ao desenvolvimento de suas atividades. Verificou-se que os TAEs do IFRN constituem coletivo de trabalhadores que está fragmentado e fragilizado, de modo a causar ou potencializar seu adoecimento psíquico. |