Uso de tecnologias sociais de captação de água da chuva a convivência com o semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leal, Adriana Karla Tavares Batista Nunes lattes
Orientador(a): Araújo Filho, José Coelho de lattes
Banca de defesa: Lyra, Marília Regina Costa Castro lattes, Barros, Alexandre Hugo Cezar lattes, Silva, Maria Sonia Lopes da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Gestão Ambiental
Departamento: Campus Recife
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/89
Resumo: O Semiárido é uma extensa região do país que possui uma série de fatores que limitam a convivência harmônica com o local, como forte insolação, chuvas irregulares, solos rasos e pedregosos, com a presença de secas cíclicas. Todo conjunto desses fatores, ainda é influenciado pela ausência de políticas públicas estruturantes, fator ainda em formação na atualidade, uma vez que anteriormente apenas políticas emergenciais eram destinadas à região na época das secas. Nesse panorama, surge a implementação das tecnologias sociais de captação de água da chuva, como as populares cisternas, as bombas d’água populares, as barragens subterrâneas, barraginhas, dentre outras, que são instrumentos coadjuvantes da convivência com o Semiárido. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar se as tecnologias sociais de captação de água da chuva suprem a escassez de água nos municípios de Alagoinha e Pesqueira, Estado de Pernambuco. Para tal, foram averiguados os benefícios da construção dessas tecnologias nas comunidades rurais de Sítio Barreiras e São Gabriel, em Pesqueira; e Sítio Boa União, Comunidade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Campo de Magé e Sítio Cafundó, em Alagoinha. Dentro de uma visão holística foi estudada a questão da geração de renda com o uso das tecnologias sociais, as políticas públicas presentes na região e a mobilização social, que tem trazido uma diversidade de ganhos às comunidades. Referente à natureza da pesquisa, esta possui caráter qualitativo, tendo sido investido na subjetividade e flexibilidade que o assunto requer, uma vez que envolve tecnologia e a questão social. Foi realizado um levantamento bibliográfico e documental referentes à temática em órgãos governamentais e ONGs para dar respaldo à pesquisa. Foram entrevistados 41 agricultores beneficiários de cisterna-calçadão nas comunidades rurais de Alagoinha e Pesqueira supracitadas. O roteiro da entrevista tratou das Tecnologias de captação de água de chuva, Medidas de saneamento, Agricultura, Pecuária, Períodos de estiagem, Mobilização social e Assistência técnica. Com base nos resultados obtidos na pesquisa foi elaborada uma proposição às comunidades rurais de Pesqueira e Alagoinha sobre o uso otimizado da captação de água da chuva para a convivência com o Semiárido, que será apresentada às comunidades estudadas posteriormente, objetivando subsidiar às políticas públicas destinadas à região. Foram constatados pontos positivos como a redução do índice das doenças veiculadas pela água, a manutenção da água para agricultura e pecuária com o uso das cisternas, a mobilização social em prol do Semiárido, o elevado índice de satisfação entre os beneficiários, porém foram também destacadas as fragilidades do uso das cisternas, como as falhas de uso, manejo e manutenção, o uso inadequado da água, a falta de preparo pré-estiagem entre os beneficiários, dentre outras. As tecnologias sociais de captação de água da chuva suprem a escassez de água no Semiárido, contanto que sejam observado uma série de outros fatores como a integração de diversas tecnologias além das cisternas, a destinação de políticas públicas adequadas à região, a contrapartida dos beneficiários na manutenção e manejo das tecnologias, o fortalecimento da mobilização social e investimentos voltados à assistência técnica.