Tecnologias sociais de convivência com o semiárido: acesso à água para o consumo e produção agrícola familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Cleyton dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/7718105223190079
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppgfito.tese.11944
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11944
Resumo: Nas últimas décadas, as tecnologias sociais de convivência com o semiárido vêm se consolidando como uma alternativa viável à segurança hídrica em contraposição ao modelo de política de combate à seca historicamente adotado na região brasileira em que predomina o clima semiárido. Diante desse contexto, objetivou-se no presente estudo identificar o papel que essas tecnologias desempenham para a segurança hídrica das comunidades e assentamentos rurais do semiárido brasileiro. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, levantando-se dados referentes à temática estudada em diversas fontes, como artigos científicos, livros, jornais, sites governamentais e de organizações não governamentais - ONGs que trabalham diretamente com o objeto do presente estudo. Nesse levantamento buscou-se informações sobre a quantidade, a caracterização, a funcionalidade e o manejo das principais tecnologias sociais voltadas à captação e armazenamento da água da chuva já implantadas no semiárido brasileiro, bem como das principais políticas públicas direcionadas à implantação e disseminação dessas tecnologias. Além disso, realizou-se um estudo de percepção dos principais atores sociais sobre os benefícios e impactos das principais tecnologias sociais para as comunidades e assentamentos rurais inseridos no semiárido brasileiro. No estudo de percepção foram entrevistados gestores de ONGs diretamente envolvidos na execução das principais políticas públicas voltadas à convivência com o semiárido e beneficiários das tecnologias sociais. Além das entrevistas, dados sobre o uso dessas tecnologias em dois assentamentos rurais foram coletados por meio de um estudo de caso. Os dados produzidos foram analisados e interpretados, identificando-se as ideias relevantes para os objetivos da pesquisa. Os resultados do estudo apontam que as tecnologias sociais de convivência com o semiárido referente ao acesso à água beneficiaram mais de 5 milhões de pessoas e ocasionaram transformações sociais profundas no meio rural do semiárido brasileiro ao promover o acesso à água para consumo e produção agrícola das famílias. Deste modo, o acesso à água promoveu a diversificação da produção agropecuária familiar e o incremento de renda, com melhoria na saúde e na qualidade de vida das famílias beneficiadas. De modo geral, as principais políticas públicas voltadas à democratização do acesso à água no semiárido brasileiro apresentam eficácia e efetividade, especialmente o P1MC e o P1+2, todavia, em muitos casos, devido à ausência de uma política de assistência técnica permanente, há uma subutilização das tecnologias voltadas à produção familiar, acarretando assim, em desperdício de recursos públicos