Manejo de recursos naturais para o uso sustentável: caracterização fisiológica de duas espécies da caatinga com potencial econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Alves Maurício da lattes
Orientador(a): Nogueira, Rejane Jurema Mansur Custódio lattes
Banca de defesa: Lyra, Marília Regina Costa Castro lattes, Silva, Suzene Izídio da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Gestão Ambiental
Departamento: Campus Recife
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/87
Resumo: O desenvolvimento sustentável significa uma mudança de postura baseada na utilização dos recursos naturais admitindo formas adequadas de manejo em resposta as constantes alterações ambientais causadas pelo homem. Logo, o manejo sustentável da Caatinga torna-se fator importante com o uso de técnicas de produção e conservação especialmente em áreas que sofrem com secas frequentes. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi diagnosticar mecanismos fisiológicos relacionados a duas espécies nativas da Caatinga, para promoção de melhorias visando o manejo destes recursos naturais de forma sustentável. Para a realização dessa pesquisa foi necessário o desenvolvimento de um ensaio que correspondeu ao estudo abordando a influência da supressão hídrica do solo e posterior reirrigação no comportamento fisiológico das mudas de Erythrina velutina Willd. (mulungu) e Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá) cultivadas em casa de vegetação pertencente ao Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O trabalho foi realizado entre os meses de maio a setembro de 2014, onde foram utilizadas sementes doadas pelo Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Após cento e doze dias em aclimatação, procedeu-se a diferenciação dos tratamentos: controle, sem rega e reirrigado. Após a aplicação dos tratamentos foram avaliadas as trocas gasosas diariamente, até a constatação do fechamento estomático. Quando as plantas foram reirrigadas uma única vez, até verificação de novo fechamento estomático para avaliação da fotossíntese (A), transpiração (E), condutância estomática (gs), o potencial hídrico foliar (f) e o teor relativo de água (TRA), além de determinadas às concentrações das clorofilas a, b e total. Ocorreu redução das trocas gasosas com o prolongamento do estresse, nas plantas de sabiá e de mulungu, entretanto, o mulungu apresentou melhor resistência, suportando as condições de estresse hídrico em comparação ao sabiá. Os valores do potencial foliar e do TRA para o tratamento reirrigado também foram reduzidos em relação às plantas controle, sendo este comportamento observado nas duas coletas (4h). Observou-se que o sabiá apresentou um padrão de resposta parecido para os pigmentos fotossintéticos, sendo as menores médias encontradas nas plantas reirrigadas. O mulungu apresentou aumento nos valores da clorofila a tanto no tratamento sem rega como no reirrigado, mas diminuição nos valores da clorofila b e total em comparação ao tratamento controle. Com relação ao grau de resiliência das duas espécies, o mulungu se destaca em relação à tolerância a períodos de escassez hídrica.