?Fen?meno da impostora?: (o)press?o de mulheres engenheiras em rela??o ao lugar de si mesmas no trabalho/profiss?o

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Vanessa Pamella Correia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ifpb.edu.br/jspui/handle/177683/2619
Resumo: O Fen?meno do/a Impostor/a refere-se a m?ltiplos medos (in)conscientes e/ou sentimentos de incapacidade, somatizados por pessoas notoriamente competentes as quais internalizam autodeprecia??es diante de suas pr?prias realiza??es/conquistas pessoais/profissionais. Abarcando uma autocr?tica hipervalorativa e ultradimensionada, quando elogiadas, geram frustra??es por acreditarem que seu impostorismo est? enganando as outras pessoas, subterfugiando seu sucesso como resultado de outros fatores, como sorte ou boas influ?ncias pessoais, e menos m?rito pr?prio, o que gera sofrimento ps?quico. Considerando as despropor??es socioculturais nas rela??es de g?nero, deduz-se que o impostorismo pode vitimizar significativamente as mulheres. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as perspectivas de opress?o/medo apresentadas por mulheres engenheiras eletricistas, em rela??o ao lugar de si mesmas no trabalho e na profiss?o, ? luz do Fen?meno do Impostor. Em termos metodol?gicos, trata-se de uma pesquisa aplicada, subsidiada pela abordagem combinada (quantitativa/qualitativa), do tipo descritivo e participante. Foi aplicado como instrumento de coleta de dados um formul?rio composto por perguntas divididas em dois blocos, o primeiro, abrange a caracteriza??o social e profissional, e o segundo, as quest?es que comp?em a escala referente ao Fen?meno/S?ndrome do Impostor (CIPS ? Clance Impostor Phenomenom Scale), validada internacionalmente. Como perspectiva de an?lise dos dados, a pesquisa fundamentou-se na estat?stica descritiva, bem como na perspectiva da interpreta??o compreensiva, subjacente ao desvelar de sentidos/significados sobre o objeto de estudo. O universo delineado correspondeu ?s sessenta e tr?s (63) mulheres egressas do Curso de Bacharelado em Engenharia El?trica do Instituto Federal da Para?ba (IFPB), Campus Jo?o Pessoa, cuja amostra foi delineada por meio da amostragem probabil?stica aleat?ria simples, a partir da livre ades?o das egressas contatadas ? pesquisa, totalizando quarenta e cinco (45) mulheres. Os resultados explicitaram que as egressas sofreram diversos tipos de opress?o durante a gradua??o no IFPB, bem como na atua??o profissional, com destaque para as relacionadas ? subestima??o da capacidade. A an?lise da escala CIPS demonstrou que, em rela??o aos graus de impostorismo, 13,3% da amostra apresenta o grau leve, 55,6% o moderado, 20% o significativo e 11,1% o intenso. Como produto educacional decorrente da pesquisa, foi roteirizada uma oficina pedag?gica virtual, subsidiada pela metodologia do teatro do oprimido, aplicada em dois momentos: a meninas do Curso T?cnico-integrado em Eletrot?cnica do IFPB e ?s pr?prias engenheiras eletricista que participaram da pesquisa. Surgiram muitas manifesta??es de opress?o vivenciadas por ambas categorias de mulheres, seja na escola e/ou no trabalho, com aparentes consequ?ncias para a subjetividade/equil?brio emocional, decorrente do fen?meno da impostora. Em suma, tais resultados corroboram a tend?ncia do impostorismo firmar-se nas despropor??es das rela??es desiguais entre os g?neros, o que pode tornar a mulher mais vulner?vel.