Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cordovil, Darciane Coelho |
Orientador(a): |
Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4046
|
Resumo: |
O câncer de colo de útero (CCU) é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Em 99,7% dos casos está relacionado à infecção pelo Papiloma vírus humano (HPV). Em 2015, no Brasil, o CCU foi responsável por 5.727 óbitos, com previsão de 16.370 novos casos para o biênio dos anos de 2018/2019. O exame citopatológico do colo do útero (PCCU) é a principal estratégia em programas de rastreamento para o controle do câncer de cérvice uterina. As lesões, se precocemente diagnosticadas e acompanhadas ou tratadas, podem levar uma redução de até 90% na taxa de câncer de cérvice uterina. Esse trabalho teve como objetivo observar a evolução das lesões precursoras, mediante exames periódicos, com abordagem simultânea dos fatores de risco. Trata-se de um estudo retrospectivo e prospectivo, por consulta aos prontuários do Laboratório de Papilomavírus, do setor de Virologia do Instituto Evandro Chagas, de mulheres cadastradas entre os anos de 2013 a 2017, as quais realizaram PCCU e captura híbrida para HPV, e busca por telefone, afim de que essas retornassem para repetição do PCCU no Serviço de Citopatologia do Centro de Saúde Escola Marco, da Universidade do Estado do Pará (CSEM/UEPA). Foram obtidos dados de 1.054 pacientes entre 20 a 50 anos. Para análise estatística, foi utilizado o programa Microsoft Excel 2010 e BioEstat 5.3, foram realizados os testes do Qui-quadrado de Pearson (x2), Teste G e Exato de Fisher, considerou-se como significância estatística p≤0,05. Quanto ao perfil clínico-epidemiológico apresentou mulheres com idade entre 40- 50 nos, relataram nível médio de escolaridade 55,7% (587/1.054 mulheres), situação conjugal união estável esteve presente em 36,5% (385/1.054 mulheres); início da atividade sexual foi observado com maior frequência na faixa etária de 15 a 20 anos em 69,4% (732/1.054 mulheres). Os fatores de riscos o histórico de infecções sexualmente transmissíveis foi a variável que apresentou significância estatística na presença de alterações do colo do útero (p <0.0001), quanto à presença da infeção por HPV a variável idade, foi significativa em mulheres jovens (20-29 anos). Ao exame citopatológico evidenciou Lsil como alteração mais frequente, as alterações apresentaram correlação com HPV 16, 18 e 59. Nesse estudo verificou-se regressão de lesões de baixo grau, bem como citologias que eram normais evoluindo para ASCS/ASGUS e LSIL ao longo do seguimento, podendo sugerir o potencial do vírus HPV de levar à alterações ao longo do tempo. A conduta de seguimento fortalece o serviço de rastreamento do CCU, com aumento das chances de um diagnóstico precoce e consequentemente de tratamento adequado, a fim de que possa contribuir para diminuição da estatística do câncer de colo do útero, a qual ainda se mantém elevada, principalmente na região Norte do País. |