Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Luan Filipe de Souza |
Orientador(a): |
Casseb, Samir Mansour Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6687
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Resumo: |
Arboviroses são infecções causadas por vírus transmitidos por artrópodes, sendo os vírus que causam tal condição denominados arbovírus. Os arbovírus são um dos principais problemas de Saúde Pública no Brasil, sendo responsáveis por diversos surtos ao longo dos últimos 20 anos. Dentre os arbovírus, o vírus Zika se destaca por sua capacidade de induzir microcefalia no indivíduo em formação intra uterina e Síndrome de Guillain Barré no adulto, além dos sintomas clássicos de arboviroses, que são febre, mal estar e dores musculares. Os sintomas clássicos geralmente duram de 2 a 7 dias, portanto, este é um quadro clínico autolimitado. No Brasil, o surto de Zika esteve muito relacionado à Síndrome Congênita do Zika, sendo sua principal característica a microcefalia. Durante o surto no Brasil as autoridades reconheceram o vírus Zika como causador da microcefalia. Em nível celular o vírus é capaz de induzir diversas alterações, como por exemplo a formação de autofagossomos com a presença de capsídeos virais. Esse evento é um dos mecanismos pelos quais o vírus atua de maneira a gerar a autofagia nos tecidos infectados. Portanto, este trabalho teve como objetivo entender como o vírus induz alterações patogênicas e, para tanto, buscou entender se há interferência do vírus Zika nas proteínas mTOR, que são proteínas relacionadas à regulação proteica. Foi realizada a análise do mTOR a partir de tecidos de hamsters fêmeas da espécie Mesocricetus auratus infectadas com o vírus Zika. A análise foi feita em um total de 63 amostras de tecidos, divididas entre amostras infectadas e não infectadas e verificou-se que o vírus favorece o processo de autofagia através de alterações na proteína mTOR 1. Também verificou-se que o vírus contribui para a continuidade de células infectadas através de alterações na mTOR 2. Desta forma, deve-se acentuar também que as alterações induzidas pelo vírus não ocorrem apenas em células imaturas, como as células de tecido cerebral de neonato analisadas (CN), mas também em células maduras. |