Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Keissy Karoline Pinheiro |
Orientador(a): |
Carvalho, Valéria Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4733
|
Resumo: |
Os vírus transmitidos por artrópodes hematófagos são conhecidos como arbovírus, termo este derivado da expressão inglesa "arthropod-borne virus", apresentam uma ampla distribuição geográfica, predominantemente nas regiões tropicais, devido às condições ecológicas favoráveis apresentadas. Os mosquitos são classificados dentro da ordem Díptera, Família Culicidae e são insetos pequenos e delgados, que medem geralmente de 3-6 mm de comprimento. Os mosquitos do gênero Mansonia atuam como indicadores de desequilíbrio ambiental e são próprios de ambientes florestais, podendo ser encontrados em locais com grande quantidade de macrófitas aquáticas, ou seja, apresentam uma relação direta com empreendimentos hidrelétricos, especialmente no Brasil. Devido os grandes estudos de vigilancia em arbovirus, alguns novos vírus foram detectados em artropodes hematofagos, esses vírus especificos de insetos (ISVs) infectam naturalmente os mosquitos. Os estudos filogenéticos fornecem argumentos que melhoram o entendimento acerca da questão evolutiva desses agentes. Sendo assim, este projeto visa investigar a circulação de arbovírus e vírus específicos de insetos a partir de mosquitos do gênero Mansonia capturados em Rondônia, próximo a empreendimentos hidrelétricos. Foram processados 76 pools de artrópodes hematófagos coletados em Nova Mutum, Rondônia. Os pools de insetos foram inoculados em culturas de células C6/36 e VERO, destas 35,72 % (47∕76) apresentaram ECP nas células C6∕36, enquanto que, apenas 7,6 % (1∕76) apresentaram ECP nas células Vero e 21,28 % (28∕76) não apresentaram ECP em nenhuma das linhagens. O efeito citopático observado foi do tipo lítico. Foram realizados teste de imunofluorescência indireta (IFI), para as 76 amostras inoculadas em C6/36 e VERO, as quais apresentaram resultados negativos. Os resultados dos demais testes como FC, isolamento em camundongos, RT-PCR e o RT-qPCR para o vírus Brejeira, testados para os principais gêneros dos arbovírus (Flavivírus, Alphavírus, Orthobunyavirus, Phebovirus, Orbivirus, Vesiculorvirus e Scripuvirus), também apresentaram-se negativos. Não foram detectados arbovírus pertencentes ao gênero Flavivírus, Alphavírus, Orthobunyavirus, Phebovirus, Orbivirus, Vesiculorvirus e Scripuvirus. Foram selecionados uma amostragem de quatro amostras para realização de sequenciamento e análise filogenética. Através das análises foi possível obter um novo vírus específico de inseto, isolados de mosquitos do gênero Mansonia, o qual foi detectado nas quatros cepas processadas. O vírus Mutum, designado desta forma devido a área de coleta dos dípteros, agrupou-se a uma família que até então, abrange em sua maioria vírus que infectam plantas. O Vírus Mutum formou um clado monofilético com vírus isolados de mosquitos anteriormente, os quais encontram-se não classificados dentro desta família. Dessa forma, são necessários mais estudos e investigações frentes a este campo de evolução e manutenção desses vírus em natureza. |