Competência crítica em informação nas escolas ocupadas do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Doyle, Andréa lattes
Orientador(a): Bezerra, Arthur Coelho lattes
Banca de defesa: Pereira, Talita Vidal lattes, Cocco, Giuseppe Mario lattes, Schneider, Marco André Feldman
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Departamento: Escola de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ridi.ibict.br/handle/123456789/960
Resumo: A presente pesquisa investiga, à luz da Ciência da Informação, novas práticas informacionais e educativas desenvolvidas nas ocupações das escolas estaduais do Rio de Janeiro. O trabalho tem por objetivo compreender a contribuição das ocupações para a educação a partir do conceito de competência crítica em informação. Seus objetivos específicos são: mapear o acesso dos estudantes a espaços de informação escolares consagrados (biblioteca, sala de informática e laboratórios de ciências) antes, durante e depois da ocupação; identificar fontes de informação geradas a partir das atividades desenvolvidas nas ocupações; e discutir a percepção dos estudantes sobre as informações veiculadas na mídia a respeito das ocupações. Para sua realização, foi adotada uma abordagem qualitativa que inclui o método etnográfico, que inspirou as visitas da fase exploratória, a pesquisa bibliográfica para definir o referencial teórico e a entrevista semi-estruturada em grupo para fazer o balanço dos ganhos e perdas do movimento de ocupação. O referencial teórico inclui autores reagrupados sob a categoria pedagogia crítica, assim como outros incluídos na categoria competência em informação (CoInfo), além dos que contribuem com visões sobre as teorias críticas e o conceito de regime de informação. Os resultados obtidos pela análise das entrevistas mostram que o acesso aos espaços informacionais ainda é restrito, que a multiplicação das fontes de informação durante as ocupações contribuiu para tornar o aprendizado mais rico e que a percepção geral das mídias foi modificada a partir da experiência de ocupação. Conclui que, para além das conquistas do movimento como acesso a alguns espaços informacionais, maior participação nas decisões escolares por meio das eleições diretas para direção e grêmio, verba emergencial, entre outras, as práticas das ocupações tornaram seus organizadores indivíduos mais críticos e mais preparados para o aprendizado ao longo da vida.