Redes de conhecimento empresariais: um estudo de caso sobre as "Comunidades de Conhecimento" de uma empresa multinacional brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mazzaroto, Solange Francisca lattes
Orientador(a): Cavalcanti, Marcos do Couto Bezerra lattes
Banca de defesa: Biolchini, Jorge Calmon de Almeida lattes, Pereira Neto, André de Faria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Departamento: Escola de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ridi.ibict.br/handle/123456789/852
Resumo: As inovações tecnológicas contribuíram com a aceleração das mudanças vividas pela sociedade nos últimos anos. Uma delas foi a internet, que teve uma expansão global, e cuja utilização alterou, radicalmente, a rotina e, principalmente, o modo como as pessoas se relacionam. Dentre as formas de comunicação existentes na internet, surgiram as redes sociais, que são ambientes que proporcionam a interação entre pessoas e, consequentemente, o compartilhamento de informações e de conhecimentos. Atualmente, são inúmeros os produtores e consumidores de informações e de conhecimentos, entre eles estão as empresas, que, para executarem suas atividades fins, seja a produção de bens ou de serviços, e atuarem no mercado, globalizado e competitivo, precisam se atualizar constantemente. Uma das formas de atualização ocorre a partir da interação entre os principais atores das empresas (integrantes, fornecedores, clientes e parceiros), que a fazem de várias maneiras, como por exemplo: a partir do contato físico, que acontece durante as reuniões ou mesmo nos encontros informais dentro e fora da empresa; por telefone; por e-mail; e a partir de videoconferências. Enfim, as empresas possuem várias redes informais, desenvolvidas, naturalmente, pela prática de trabalho de seus integrantes, as denominadas de “comunidades de prática”. Algumas empresas, no entanto, perceberam que as redes sociais estão sendo amplamente utilizadas pelas pessoas em geral, como forma de comunicação e interação e, por isso, vários dos seus integrantes já estão familiarizados com este ambiente. Foram, então, criadas as redes de conhecimento empresariais, para fomentarem a interação nos ambientes de trabalho e promoverem o compartilhamento de informação e de conhecimento. Dessa forma, o objetivo desta investigação foi verificar como os participantes de uma rede de conhecimento empresarial utilizam este ambiente no desenvolvimento de suas atividades de trabalho. Utilizando o método exploratório e a técnica de estudo de caso, foi escolhida uma empresa multinacional brasileira, com atuação em 40 países, além do Brasil; reconhecida internacionalmente pelos negócios que desenvolve nos setores: engenharia, construção, investimentos em infraestrutura e energia; e que possui uma rede de conhecimento, criada em 2001, com 15 comunidades ativas, denominadas de “Comunidades de Conhecimento”. A pesquisa de campo foi realizada com os membros dessas comunidades e com os responsáveis pelo funcionamento da rede de conhecimento. Como instrumentos para a coleta de dados foram utilizados: entrevistas, pesquisas bibliográfica e documental, observação simples e questionário. De acordo com as análises dos dados coletados, chegou-se à conclusão que grande parte dos participantes de uma rede de conhecimento ainda atuam como observadores deste ambiente, ou seja, não a utilizam como ferramenta de trabalho no desenvolvimento de suas atividades. De uma forma geral, ficam atentos ao que acontece neste ambiente, mas não participam ativamente dele, já que a partilha de informações envolve algumas questões, como a cultura da empresa, o status pessoal, entre outras. Para que essas redes alcancem resultados, não devem ser impostas pelos gestores, no entanto, é necessário que sejam estruturadas para que as pessoas a enxerguem como uma extensão do ambiente de trabalho e utilizem suas funcionalidades como ferramentas que devem fazer parte da sua rotina.