Redes e fluxos de informações: o consumo de alimentos orgânicos no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Meth, Clara de Mello e Souza lattes
Orientador(a): Cavalcanti, Marcos do Couto Bezerra lattes
Banca de defesa: Marteleto, Regina Maria lattes, Tavares, Frederico lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Departamento: Escola de Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ridi.ibict.br/handle/123456789/980
Resumo: A partir dos anos 80, a produção e o consumo de alimentos orgânicos têm crescido no Rio de Janeiro como prática que promove a sustentabilidade e a saúde. O objetivo desta dissertação foi investigar os fluxos de informações na composição de uma rede de atores conscientes sobre alimentação orgânica, que tem o potencial de influenciar atitudes e comportamentos novos visando o bem-estar do indivíduo, da sociedade e do planeta. A compreensão das transferências de informações e das implicações e obstáculos na transmissão é fundamental para a inovação social. Assim, usando o método qualitativo, foram realizadas seis entrevistas semi-estruturadas em profundidade com consumidores de orgânicos e intermediários deste setor, como uma empresa de assinatura de orgânicos. Os consumidores de orgânicos estudado no Rio de Janeiro constitui-se por pessoas que trocam informações e produtos. Estes são influenciados tanto por laços fortes como família e amigos quanto por laços fracos com figuras públicas, profissionais de saúde, jornalistas, professores, colegas de trabalho, autores, feirantes e instituições. Em geral, os consumidores buscam informações específicas em função de demandas. Seu papel no fluxo de informação é mais de receber que de encaminhar, revelando uma atitude passiva. Os grupos de Whatsapp têm papel significativo no fluxo de informações. Outros meios de fluxo de informação incluem o Facebook, Skype, mídias, publicações populares e científicas. A circulação de alimentos orgânicos se dá através de feiras e empresas. Apesar de uma grande demanda de mercado, este ainda não atende bem em termos de preço, variedade e acesso. Tanto esta rede e seu fluxo de informações quanto as experiências pessoais da história de vida dos entrevistados foram significativas para promover uma mudança de consumo e de hábitos comportamentais. Tais hábitos incluem consumir e distribuir/vender alimentos orgânicos, buscar e transmitir informações e organizar-se para ter acesso a alimentação saudável fora de casa. A motivação mais recorrente diz respeito a preocupações referente a saúde a nível individual e familiar. Os entrevistados que demonstraram motivações ligadas a questões ambientais, também se dedicam a distribuição e venda de alimentos orgânicos. A alimentação e a escolha da dieta influenciam a socialização e os relacionamentos familiares e entre amigos.