Análise da vulnerabilidade ambiental da bacia hidrográfica do Rio Doce – RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Franklin Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Brasil
Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/522
Resumo: A Bacia Hidrográfica do Rio Doce – BHRD localiza-se na porção leste do Estado do Rio Grande do Norte. É uma unidade geográfica que vem, ao longo do tempo, apresentando um processo de ocupação desordenada, em suas mais variadas formas. As diversidades de sistemas ambientais existentes fazem dela uma área potencialmente vulnerável a impactos ambientais negativos. Nesse contexto, a presente tese teve como objetivo identificar e mapear as características territoriais e geoambientais e as vulnerabilidades natural e ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Doce – RN, tendo como suporte operacional e metodológico as Geotecnologias de softwares livres. Como resultado, propôs-se uma nova delimitação da BHRD, na qual houve um acréscimo de 2,29% da sua área total oficial, passando de 387,8 km² para 396,7 km². A caracterização geoambiental mostrou que a bacia vem sofrendo ações antrópicas que estão alterando a paisagem local, transformando áreas que, anteriormente, consideradas “preservadas” em áreas impactadas, principalmente próximo aos grandes centros urbanos e na nascente do rio Guajirú. Dentre as atividades mais impactantes, destacam-se o cultivo sazonal, responsável pela retirada da vegetação natural, inclusive matas ciliares, para o cultivo de monoculturas, como a cana de açúcar; as hortaliças, cultivadas no leito maior e menor dos rios Guajiru e Mudo e a produção em áreas de assentamentos rurais, na nascente do rio Guajiru; o cultivo perene, tendo o coco, a banana e o caju como as principais culturas, observado nos leitos dos rios, com ênfase nas áreas onde o rio possui características perene, ou seja, próximo a Lagoa de Extremoz; a expansão urbana em direção ao Rio Mudo, nas proximidades da área urbana de Ceará – Mirim, às margens da Lagoa de Extremoz até a desembocadura e no Rio Guajirú, tendo como referência os povoados e distritos como Serrinha, Massaranduba e as zonas urbanas de Extremoz e Natal.; e a atividade mineradora, nas áreas onde afloram a formação geológica Dona Inês. O resultado dessas atividades na bacia se refletiu nos mapeamentos das vulnerabilidades natural e ambiental. Na vulnerabilidade natural, a média do grau vulnerabilidade chegou ao nível 4, classificado como Medianamente Estável/Vulnerável, equivalente ao valor 2,1, com fortes tendências a se tornar Moderadamente Vulnerável. Isso se dá pela pressão exercida nas áreas urbanas localizadas mais a leste da bacia, onde apresenta uma geologia mais recente, com uma geomorfologia, solos e vegetação alterados pela ação antrópica, mas minimizado pela distribuição mais regular das chuvas. Já para a vulnerabilidade ambiental, os resultados mostraram que a bacia apresenta uma média de nível 2, com valor 2,4, considerado no grau de vulnerabilidade como uma área Moderadamente Vulnerável. Nesse caso, a influência das ações antrópicas no meio fez com que esses valores chegassem a 2,7 em áreas urbanas, diminuindo em direção a porção oeste da bacia. Conclui-se que o atual estágio de uso e ocupação da bacia está chegando ao limite da sustentabilidade. Portanto, a busca de propostas que visem minimizar os impactos negativos gerados pela exploração dos recursos naturais ali existentes, tendo como referência os resultados obtidos na presente tese, assim como outros divulgados na comunidade cientifica, permitirão alcançar a sustentabilidade socioambiental da bacia, mantendo o equilibro morfogênese/pedogênese, como se mostra na análise das vulnerabilidades natural e ambiental.