As confluências do eu feminino nas escritas poéticas e diarísticas de Alejandra Pizarnik

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Erlândia Ribeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Rondônia - UNIR
Universidade Federal de Rondônia – UNIR
Brasil
Estudos Literários
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/717
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as obras Diarios (1955, 1956, 1957) e La última inocencia (1956), ambas da fase inicial da produção da autora argentina Alejandra Pizarnik (1936-1972), tendo como foco a construção identitária do sujeito feminino através da confluência dos elementos presentes no discurso diarístico e poético, como a fragmentação do eu lírico e do eu ficcional, a presença de uma prosa poética destacada nos diários, além de outros aspectos. A pesquisa parte da hipótese interpretativa segundo a qual a leitura conjunta do corpus de análise permite evidenciar que a construção formal fragmentada é ressaltada pelos discursos que atravessam o “eu”, dando conta de uma multiplicidade vinculada à subjetivação do sujeito feminino. Dessa forma, pretende-se demonstrar, nessa etapa da escrita de Pizarnik, a força literária dos diários em consonância com a poesia, os enfrentamentos manifestos nas relações com a criação literária, com o gênero (textual e sexual), com a identidade – centrada no desdobramento do eu/outro e do não pertencimento – e com os imaginários sociais, que se materializam por meio do uso subversivo da linguagem e contra o discurso patriarcal. Para tanto, esta pesquisa recorre aos estudos críticos que refletem as estratégias empregadas por Alejandra Pizarnik para romper os limites entre texto ficcional e não ficcional (PIÑA, 2006, 2012; VENTI, 2007; BECCIU, 2016). Além disso, baseia-se em estudos teóricos (LEJEUNE, 2014; MACIEL, 1996; GIORDANO, 2016) que discutem sobre a configuração da autobiografia; da fragmentação do eu lírico da poesia moderna (CAMPOS, 1997; MILLER, 2010; CARA, 1985) e do sujeito feminino na literatura (CATELLI, 1996; RUSSOTTO, 1994).