Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE JUNIOR, Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário Augusto Motta
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/229
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Resumo: |
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune e inflamatória que acomete as articulações, de forma bilateral, ocasionando polimialgia. Tem como principal característica a inflamação sinovial, que pode evoluir para erosão da cartilagem e do osso, seguindo-se de deformidades articulares. Dentre as problemáticas que a AR traz, pode-se observar uma piora da capacidade funcional para executar atividades de vida diária (AVD). A partir disto, torna-se fundamental analisar, por meio de um teste especifico para classificar a capacidade funcional, o impacto que a AR acarreta na vida destes indivíduos. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o impacto da função muscular periférica, comportamento simpático-vagal sobre a capacidade funcional em mulheres com AR. As participantes realizaram avaliação da capacidade funcional associada à habilidade de realizar as AVD utilizando-se o teste de AVD-Glittre (T-AG) e, também, a análise do equilíbrio simpático-vagal através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Elas também foram submetidas à avaliação do funcionamento físico por meio do Health Assessment Questionnaire Disability Index (HAQ-DI) e medidas de força de preensão manual (FPM) e força de quadríceps (FQ). Este estudo transversal envolveu 20 mulheres (mediana [intervalo interquartil]: 55 anos [47,5-68,8] anos) com AR (tempo desde o diagnóstico: 15 [6,50–23,5] anos). O tempo de T-AG apresentou correlações significativas com os seguintes parâmetros de VFC: raiz quadrada das diferenças sucessivas entre os intervalos RR normais adjacentes ao quadrado (RMSSD, rs = -0,451, P = 0,041), percentual de intervalos RR normais que diferem mais que 50 ms de seu adjacente (pNN50, rs = -0,697, P = 0,0006), high frequency (HF, rs = -0,693, P = 0,0007) e desvio padrão do gráfico de Poincaré perpendicular à linha de identidade (SD1, rs = -0,476, P = 0,034) e entropia aproximada (rs = 0,545, P = 0,013). Além do mais, o HAQ-DI apresentou correlações significativas com os seguintes parâmetros de VFC: pNN50 (rs = -0,467, P = 0,038) e high frequency (rs = -0,444, P = 0,049). Não observamos correlação significativa entre os índices de VFC durante o T-AG e as medidas de força muscular (FPM e FQ). Concluindo, em mulheres com AR, quanto maior o tempo para realizar o T-AG, pior a modulação parassimpática, o desequilíbrio simpático-vagal e a complexidade do sistema nervoso autônomo. Além do mais, há uma relação entre o nível de função física e a modulação vagal. Assim, a avaliação rotineira da VFC integrada ao T-AG poderá se tornar um meio interessante de acompanhamento dessa população de pacientes, já que esses dois testes são fáceis de executar e não invasivos. |