Cultura corporativa e desempenho empresarial: Uma análise nas empresas estrangeiras listadas na NYSE
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade Brasil Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/558 |
Resumo: | Entende-se que as organizações empresariais – presentes em um contexto caracterizado pelo efeito da globalização e o crescimento da diversidade das exigências dos stakeholders – devem se utilizar de um conjunto de estratégias, implícitas e explícitas, para conquistar vantagem competitiva em relação às suas concorrentes (ACAR; ACAR, 2014). Uma dessas estratégias, segundo a Teoria da Visão Baseada em Recursos (VBR), refere-se à cultura corporativa, considerada como um recurso estratégico sustentável, que permite à organização ganhos com vantagem competitiva, que, por sua vez, é refletido no seu desempenho empresarial (BARNEY, 1986; FLAMHOLTZ; RANDLE, 2012). Nesse contexto, esse estudo tem o objetivo de analisar a relação entre a cultura corporativa e o desempenho das empresas estrangeiras listadas na NYSE. Trata-se de pesquisa descritiva, de natureza predominantemente quantitativa, utilizando-se de procedimentos inerentes à técnica de análise de texto e aplicação das ferramentas estatísticas Análise de Correspondência (Anacor), Teste de Média, Análise de Regressão Linear Múltipla com dados em painel, para tratamento dos dados que envolvem períodos intercalados de 2009 a 2013. O estudo se justifica na medida em que busca contribuir para a ampliação da discussão da cultura corporativa e sua relação com o desempenho empresarial. Além disso, apresenta diferencial por discutir a tipologia cultural corporativa e o desempenho empresarial a partir de aspectos organizacionais e institucionais de uma amostra que reúne 168 empresas estrangeiras listadas na NYSE. Em relação à aplicação do Teste de Média, os resultados sugerem a existência de diferenças das tipologias de cultura corporativa de controle e colaborativa em relação à situação de crise na firma e localização regional, respectivamente. Verificou-se, ainda, que a tipologia cultural corporativa colaborativa, competitiva e de controle mostraram-se diferentes entre mercados avançados e emergentes, apontando maior participação dessas tipologias culturais em mercados de economia avançada. Além disso, constatou-se que a cultura corporativa não sofre fortes variações ao longo do período analisado, corroborando com a literatura sobre o assunto. A partir da Anacor, observou-se que o desempenho empresarial apresenta associação em relação ao setor de atuação, ao sistema jurídico/legal e ao continente. Em relação à Regressão Linear Múltipla com dados em painel, os resultados mostram que as tipologias de cultura corporativa colaborativa e competitiva parecem não afetar o desempenho empresarial. Entretanto, as tipologias culturais corporativas de controle e criativa exercem influência negativa no desempenho empresarial. Esses resultados permitiram aceitar somente a hipótese específica de que a cultura corporativa de controle afeta negativamente o desempenho das empresas analisadas. Logo, conclui-se que, para a amostra considerada e as análises desenvolvidas, o conjunto de tipologias culturais corporativas não é capaz de influenciar o desempenho empresarial. Entretanto, pode-se concluir que a cultura corporativa de controle exerce, de fato, efeito negativo no desempenho empresarial. Nesse sentido, a hipótese geral do estudo (a cultura corporativa atua como determinística no desempenho empresarial) foi rejeitada, uma vez que somente uma das tipologias culturais corporativas analisadas se mostrou a afetar o desempenho empresarial. Embora a VBR considere a cultura corporativa como um recurso estratégico sustentável capaz de afetar o desempenho empresarial, os resultados da pesquisa, para a amostra e os métodos empregados, não indica essa relação determinística em sua totalidade. |