As condições sociais da reestruturação dos cursos de licenciatura no campo universitário da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gomes, Catarina C.B.T.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Educação
Brasil
Programa de pós-graduação Conhecimento e Inclusão
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/512
Resumo: Esta pesquisa investiga as condições sociais de produção do processo de reestruturação das Licenciaturas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), implementado após a publicação das Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica, fundamentadas pelas Resoluções CNE/CP nº 01, de 18 de fevereiro de 2002, e CNE/CP nº 02, de 19 de fevereiro de 2002. A problemática de pesquisa consistiu em investigar o referido processo a partir do seu contexto social de produção, fundamentado sob a perspectiva da sociologia dos campos simbólicos de Pierre Bourdieu. O campo universitário da UFOP foi analisado com base na obra de Bourdieu e, principalmente, no livro Homo academicus, por meio do qual a universidade é entendida como um espaço social de constantes disputas por posições e poderes. Para esta pesquisa, adotaram-se como procedimentos metodológicos a análise documental e a entrevista semi-estruturada. O processo de reestruturação das Licenciaturas foi concebido como um jogo, mostrando que a formação docente tornou-se o principal objeto de disputa entre três grupos distintos: a Pró-Reitoria de Graduação (a PROGRAD), o Departamento de Educação (DEEDU) e o grupo de sete Licenciaturas. Nesse jogo, há manifestação do habitus e das lutas concorrenciais entre os jogadores que exercem poder simbólico sob a forma de poder universitário, concorrendo principalmente pela posse de dois tipos de capitais: o capital específico que é a concepção de formação docente em disputa e o capital universitário que garante melhores posições e mais poderes simbólicos nesse contexto.