Factores psicossociais que influenciam os adolescentes a optarem pela vida da rua - Estudo de caso, casa resgate, cidade de Chimoio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sine, Ferreira Marcos Juliasse
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Alberto Chipande
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/652
Resumo: O morar na rua, mesmo sendo factor de risco para a saúde, tem sido uma alternativa para os adolescentes que frequentam a Casa Resgate na cidade de Chimoio. Assim, o estudo objectivou-se em compreender como os factores psicossociais são determinantes para que os adolescentes optem pela vida da rua, o que passa por identificar e descrever os factores de vulnerabilidade psicossocial que motivam os adolescentes a morarem na rua, bem como descrever as estratégias psicológicas que permitem a sua adaptabilidade. Os adolescentes que frequentam a Casa Resgate mesmo tendo famílias, acabam vivendo na rua, tornando-se numa realidade para reflexão sobre o lugar dos adolescentes moradores de rua na sociedade e verificar como essas dinâmicas da vida da rua são sentidas e vividas pelos adolescentes, os vínculos que estabelecem com as famílias, instituições de apoio e como estes adoptam mecanismos psicológicos de sobrevivência. A metodologia usada quanto à abordagem é mista onde compreende a abordagem qualitativa e quantitativa, com objetivo da pesquisa exploratório onde utilizou-se os procedimentos bibliográficos, documental e campo (observação directa), e usou-se como instrumentos de recolha de dados a entrevista semiestruturada, aplicação de teste psicológico (Mini exame do estado mental) e sessões de grupo focal. Constatou-se que dentre vários factores que influenciam os adolescentes a tomarem a rua como local de morada, destaca-se a desestruturação familiar com a percentagem de 50%, como o caso de perda dos progenitores, viver com parentes do terceiro grau (madrastas, padrastos, tios); essa desestruturação é manifestada pela negligência dos encarregados na prestação de cuidados básicos e falta de vínculos afectivos. No entanto, vivendo na rua os adolescentes desenvolvem actividades de subsistência como mecanismos de adaptação, tal é o caso de resiliência, aproximação a instituições de apoio e estabelecimento de vínculos entre eles.