Homeostase osmoiônica em moluscos bivalves habitantes de diferentes nichos osmóticos : padrões fisiológicos e evolutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Isadora Porto Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RII
IIR
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8184
Resumo: O conhecimento desenvolvido no campo da Fisiologia, com questões voltadas para os desafios enfrentados e estratégias recrutadas pelos organismos em seus habitats, assume fundamental importância no que diz respeito à compreensão acerca da capacidade de sobrevivência quando submetidos a situações desfavoráveis. No ambiente aquático - em especial - a salinidade é reconhecida como um dos principais fatores abióticos que exerce efeito sobre a fisiologia dos organismos. Embora os padrões fisiológicos e desafios impostos por cada ambiente ocupado sejam distintos, tendem a convergir para oscilações osmóticas sobre estes. A partir de uma perspectiva comparada - objetivou-se caracterizar os padrões osmorregulatórios das espécies de moluscos bivalves Corbicula largillierti (berbigão asiático roxo), Erodona mactroides (berbigão de laguna) e Amarilladesma mactroides (marisco branco) - habitantes de diferentes nichos osmóticos - quando submetidos a variações hipo- e/ou hiperosmóticas de salinidade. Para isso, foi verificado previamente a capacidade de tolerância dos bivalves dulcícola, estuarino e marinho à intervalos de salinidade espécie-específicos, determinando ainda a concentração osmótica e iônica da hemolinfa, hidratação tecidual, bem como a capacidade de regulação isosmótica do fluido intracelular a partir do uso de osmólitos (orgânicos e inorgânicos). Ademais, incorporou-se a perspectiva filogenética com o intuito de inferir e ainda alargar o entendimento acerca dos padrões que compreendem a fisiologia osmo-iônica de representantes da Classe Bivalvia. Nesse sentido, os resultados apontam que a salinidade ambiental dirige a variação de traços fisiológicos, como a osmolalidade da hemolinfa e a composição dos principais íons do fluido extracelular (sódio e cloreto). Ainda, ressalta-se o importante papel desempenhado pela ancestralidade compartilha, a qual mostrou ter influência na variabilidade interespecífica do íon K hemolinfático junto a classe animal investigada. Finalmente, os padrões verificados experimentalmente juntos as espécies dulcícola C. largillierti, estuarina E. mactroides e marinha A. mactroides apontam uma maior utilização de osmólitos inorgânicos junto à regulação isosmótica intracelular dos tecidos avaliados (manto, músculo adutor e brânquias) após a exposição as condições experimentadas, os quais variam de acordo com o nicho osmótico ocupado por cada espécie.