Educação Ambiental em unidades de conservação: a experiência da ação cultural de criação Saberes e Fazeres da Mata Atlântica no litoral norte gaúcho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Witt, Julia Rovena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/6071
Resumo: O presente trabalho constituiu-se em uma investigação que buscou analisar uma experiência de educação ambiental (EA) desenvolvida pela ONG Instituto Curicaca em unidades de conservação (UCs) no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Esta é representada pela “Ação Cultural de Criação Saberes e Fazeres da Mata Atlântica”, desenvolvida entre os anos de 2005 e 2010, envolvendo alunos e professores da rede pública de ensino de cinco municípios da região. A partir disso, objetivou-se compreender a repercussão que o processo educativo desenvolvido nessa Ação Cultural de Criação gerou nas práticas pedagógicas das educadoras que dele participaram. Historicamente, a criação e implantação de UCs esteve vinculada a uma perspectiva dissociativa da relação ser humano-natureza, sendo apreciadas como “ilhas de natureza intocável”. No Brasil, foram regulamentadas pela lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), configurando-se em espaços com diferentes características e fins, de acordo com sua categoria, sendo que a educação e a interpretação ambiental apresentam-se dentre os objetivos de unidades da categoria “parque”. Nesse sentido, as ações de educação ambiental propostas pela ONG foram empreendidas principalmente nesses espaços protegidos, com a intenção de trabalhar com as escolas inseridas nos microcorredores ecológicos definidos para a região do Litoral Norte. Para a elucidação dos resultados gerados, a investigação foi feita a partir de pesquisa qualitativa, adotando como procedimentos metodológicos a análise de relatórios das ações educativas realizadas com professores e a realização de entrevistas semiestruturadas com educadoras que participaram dessa ação. A sistematização dos dados foi feita a partir da análise textual discursiva (ATD), aliada à compreensão do subtexto. Para isso, foram consideradas três categorias a priori na pesquisa: práxis, consciência e autonomia. A análise foi feita à luz do materialismo histórico dialético e da EA crítica transformadora emancipatória, entendendo-se a questão ambiental configurada na integração e inter-relação entre as dimensões biológica, social, econômica e política. Os resultados encontrados permitem concluir que ações de EA continuam a ser desenvolvidas nas escolas da região, com a incorporação e apropriação de práticas pedagógicas ressignificadas pelas educadoras, em uma confluência de ações vinculadas tanto a práticas mais comportamentalistas de EA quanto a propostas mais críticas e com potencial transformador. Com isso, propõese que UCs podem se constituir em importantes espaços educativos, potencializadores na construção de uma “práxis ambiental”.