Úrsula, de Maria Firmina dos Reis : romance fundacional da literatura afro-brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cardoso, Mara Lívia Farias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9343
Resumo: Com a independência do Brasil surgiu a necessidade de imaginar o país como uma nação. A literatura romântica foi muito importante nesse processo, pois filiados ao projeto literário nacional os escritores elaboraram narrativas nas quais destacaram as peculiaridades locais, com intuito de representar e difundir os ideais nacionais. É nessa época que o romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, é publicado. Entretanto, apesar de inserido na tradição romântica, ele diverge de seus contemporâneos porque a nação é narrada pelo ponto de vista da mulher negra, através de uma perspectiva afroidentificada comprometida em recuperar a história e expor as condições de vida do sujeito negro no Brasil oitocentista. Assim, a presente dissertação propõe uma leitura do romance Úrsula, com base nas considerações teóricas das ficções fundacionais propostas por Doris Sommer (2004) e do projeto literário nacional discutido por Antonio Candido (2000), bem como nos conceitos da literatura de autoria negra abordados por Octavio Ianni (2011), Cuti (2010), Edimilson Pereira (1995; 2011), Eduardo de Assis Duarte (2011), entre outros estudiosos do tema. A partir dessas teorias, buscamos identificar os elementos textuais que fazem de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, um romance fundacional da literatura afro-brasileira.