(CO) Educar em rede de conversação: formação de professores em educação á distância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vaniel, Berenice Vahl
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9583
Resumo: Esta tese visou compreender como nos formamos professores em EAD ao pensarmos em um curso de graduação, no operar em redes de conversação a partir das experiências de quem as constituem. Tivemos como campo empírico as redes “CEAMECIM” e “Professores de Ciências”, as quais ocorreram, respectivamente, nas disciplinas “Currículo e Formação de Professores em Ciências e Matemática (CFPCM)”, e “Educação em Ciências e Educação Ambiental (ECEA)”. Participaram destas redes professores universitários e da rede básica de ensino, acadêmicos e professores do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências. Os conceitos de enação, ausência de fundação, recursão, recursividade e acoplamento estrutural, presentes na Biologia do Conhecer de Maturana e Varela, (2005); Varela; Thompson; Rosch (2001, 2003); Varela (2001); Maturana, (1998, 2001, 2009), subsidiaram a construção argumentativa desta pesquisa. Nossa hipótese é de que, para o desenvolvimento de uma proposta de formação de professores exista a necessidade da vivência, da discussão e da problematização sobre o fazer docente. Essa discussão, se ocorrer de forma recursiva e recorrente e em uma rede de conversação, permeada pela ausência de fundação e pela aceitação do outro em sua legitimidade torna possível a mudança de padrões habituais de conduta. A metodologia de análise baseou-se na busca pela recursão do conversar, escolhemos a Análise Textual Discursiva, proposta por Moraes e Galiazzi (2007) para a compreensão do fenômeno investigado. As recursões foram identificadas em cada uma das conversas, e durante o processo de análise procuramos não descontextualizar os registros e manter o olhar para o corpus em sua integralidade, pois o nosso foco foi compreender como se estabeleciam as relações no operar coletivo. Do processo de análise enatuou o “(Co)educar em codependência do cooperar”, a partir da reflexão atenta, da problematização sobre a fragmentação dos fazeres dos professores, tutores e demais autores envolvidos em EaD. Discutiu-se sobre a fragmentação do tempo, das disciplinas e dos conteúdos. Através de determinadas falas foi percebido o desejo do coletivo de vivenciar ações pedagógicas contextuais, não hierárquicas e com enfoque sistêmico. Outra conversa recursiva que enagiu foi “(Co)educar: ação que emerge na convivência” a discussão ocorre sobre a formação do professor formador a partir do pensar o estudante como legítimo outro na convivência. As problematizações nas conversas versaram sobre conhecer os estudantes da EaD na sua chegada, respeitá-los, ouvi-los, acompanhá-los pela escrita e compreendê-los como (co)autores na produção de material pedagógico gerando assim a circularidade criativa na formação de todos ao mesmo tempo, o (co)educar. A circularidade ocorreu na experiência de pensar a produção de material pedagógico digital de forma aberta, flexível, em codependência com o estudante, pautada pela cooperação, com espaço para incorporar as produções deles. Por fim, destaca-se que os elementos que compõem o (co)educar, trazidos pelas redes, permitiram-nos formular a tese de que uma proposta de formação de professores pautada no (co)educar se sustenta se os professores, em rede de conversação, estiverem dispostos a discutir suas experiências docentes permeados pela ausência de fundação e pela aceitação do outro em sua legitimidade.