Toxicidade do cobre na reprodução do copépode eurialino Acartia tonsa em diferentes salinidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lauer, Mariana Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/7216
Resumo: No presente estudo foi avaliado o efeito do cobre na reprodução do copépode Acartia tonsa. Machos e fêmeas adultos foram expostos (6 dias) separadamente a diferentes combinações de concentração de cobre, salinidade (5, 15 e 30) e via de exposição (fase dissolvida, fase dissolvida mais transferência trófica e transferência trófica). Após exposição, foram determinadas a produção de ovos e a taxa de eclosão dos ovos. Na ausência de cobre, a produção de ovos foi diretamente dependente da salinidade, porém esta não afetou a taxa de eclosão dos ovos. Por sua vez, o cobre afetou tanto a produção de ovos quanto a taxa de eclosão. Com base nas concentrações de cobre dissolvido, os valores de CE50 (IC 95%) para produção de ovos foram 9,9 (6,9- 11,3), 36,8 (33,6-40,1) e 48,8 (42,3-55,0) µg Cu/L para a exposição via fase dissolvida nas salinidades 5, 15 e 30. Para a exposição via fase dissolvida mais transferência trófica, estes valores foram de 40,1 (36,3-47,9), 63,7 (56,5-76,4) e 109,9 (90,3-150,9) µg Cu/L, respectivamente. Após exposição via alimento, o cobre reduziu a produção de ovos em cerca de 40% em relação ao número de ovos produzidos pelos organismos controle, independentemente da concentração de cobre e da salinidade testada. A exposição ao cobre dissolvido na água diminuiu significativamente a taxa de eclosão dos ovos nas salinidades extremas (5 e 30), enquanto que na salinidade intermediária (15), apenas a exposição via alimento causou toxicidade. Os resultados obtidos indicam que os efeitos do cobre na reprodução do copépode A. tonsa dependem tanto da salinidade quanto da via de exposição ao metal, sugerindo, portanto, que ambos parâmetros devam ser considerados em uma futura versão do Modelo do Ligante Biótico para ambientes estuarinos e marinhos.