Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Sandra Carvalho Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8274
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Resumo: |
A matéria orgânica dissolvida (MOD) e a salinidade da água podem proteger os animais aquáticos contra a toxicidade do cobre. Assim, o objetivo central desta tese foi avaliar a influência da MOD natural de diferentes origens e em diferentes concentrações na acumulação e toxicidade do cobre no copépode eurialino Acartia tonsa em diferentes salinidades. Os experimentos da presente tese foram organizados em dois manuscritos. No primeiro manuscrito, foi determinada a CL50-48 h do cobre para copépodes adultos machos separadamente, para copepoditos e fêmeas adultas em conjunto, e para copepoditos e adultos de ambos os gêneros em conjunto, na ausência de MOD e nas salinidades 5, 15 e 30. Os resultados indicaram que a sensibilidade dos copépodes machos adultos à exposição aguda ao cobre é semelhante à sensibilidade dos copepoditos e fêmeas adultas testados em conjunto. Geralmente a toxicidade para copepoditos e adultos de ambos os gêneros testados em conjunto foi semelhante à toxicidade observada nos outros dois tratamentos, sugerindo que a toxicidade do cobre não é dependente do gênero, e que não há necessidade de distinção entre copepoditos e adultos de A. tonsa para a realização dos testes de toxicidade aguda do cobre. Assim, os demais experimentos descritos nesta tese foram realizados com copépodes (adultos e copepoditos) de ambos os gêneros conjuntamente. Foi determinada a CL50-48 h do cobre na ausência e presença de MOD dulciaquícola e marinha (diferentes fontes e concentrações) nas salinidades 5, 15 e 30. O aumento da salinidade protegeu contra a toxicidade aguda do cobre. Em geral, a toxicidade do cobre foi menor na presença do que na ausência de MOD, especialmente nas salinidades 5 e 15. Este efeito protetor da MOD contra a toxicidade do cobre foi também dependente da concentração de carbono orgânico dissolvido (COD), sendo que os maiores efeitos protetores foram observados nas maiores concentrações de COD testadas. Além disso, o efeito protetor da MOD parece ser dependente da fonte de MOD utilizada. Na salinidade 30, baseado nos valores de CL50 calculados a partir das concentrações de cobre livre (estimadas com o programa VisualMinteq), outras formas químicas, além do cobre livre, ou a formação e assimilação de complexos MOD-cobre podem ter causado toxicidade aos copépodes. Na segunda etapa foi medida a acumulação de cobre corporal, no exoesqueleto e nos tecidos moles dos copépodes expostos às concentrações de cobre correspondentes às CL50-48 h previamente determinadas na ausência e na presença de MOD. A acumulação corporal de cobre foi dependente da salinidade e da concentração e origem da MOD dulciaquícola. Por outro lado, não houve um padrão de acumulação de cobre no exoesqueleto em função destas variáveis, enquanto o conteúdo de cobre nos tecidos moles foi similar entre os tratamentos com e sem adição de MOD dulciaquícola e marinha (34 ng Cu/mg peso seco). Assim, os dados apresentados nesta tese indicam que tanto a toxicidade aguda quanto a acumulação corporal do cobre é dependente da salinidade da água e da MOD (origem e concentração). Além disso, eles sugerem que os tecidos moles podem ser considerados como sendo o ligante biótico onde o cobre se acumula e induz 50% de mortalidade no copépode A. tonsa. Portanto, o conteúdo médio de cobre nos tecidos moles (34 ng Cu/mg peso seco) pode ser usado como o valor de acumulação letal para 50% dos organismos (AL50) em uma versão futura do Modelo do ligante biótico (BLM) para ambientes estuarinos e marinhos usando o copépode Acartia tonsa. |