Efeitos combinados do estresse térmico e da exposição ao cobre no metabolismo energético, comportamento trófico e estado oxidativo do coral Mussismilia harttii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fonseca, Juliana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.furg.br/handle/123456789/10685
Resumo: Os recifes de corais encontram-se ameaçados por mudanças climáticas globais e impactos locais. Apesar disso, pouco se sabe sobre os efeitos combinados desses estressores em corais. O cobre é amplamente conhecido como perturbador da capacidade energética e oxidativa. Devido a isso, a exposição ao cobre pode reduzir a sensibilidade de corais a eventos de mudanças climáticas. Portanto, é imprescindível a avaliação combinada desses estressores. Assim, o objetivo foi investigar os efeitos combinados do estresse térmico e da exposição ao cobre em enzimas do metabolismo energético (hexoquinase, piruvato quinase, lactato desidrogenase, citrato sintase, isocitrato desidrogenase e cadeia transportadora de elétrons), no comportamento trófico (marcadores de autotrofia e heterotrofia) e no estado oxidativo (peroxidação lipídica e capacidade antioxidante total) do coral Mussimilia harttii, endêmico dos recifes do Atlântico Sul. Para isso, os corais foram expostos em um mesocosmo marinho a três temperaturas (25.0, 26.6 e 27.3 ºC) e três concentrações de cobre (2.9, 5.4 e 8.6 µg/L) por até 12 dias. Ainda avaliamos o efeito da exposição ao cobre in vitro na atividade de enzimas do metabolismo energético e determinamos o funcionamento do metabolismo do coral em condições de campo. Os resultados mostraram que a combinação dos estressores inibe enzimas do metabolismo energético, além disso, demonstramos na exposição in vitro que o cobre pode interagir diretamente com enzimas especificas do metabolismo energético e contribuir para essa inibição. Mostramos também que a combinação dos fatores afeta parâmetros específicos no coral, uma vez enzimas do metabolismo energético se mostraram sensíveis à exposição, enquanto marcadores tróficos e oxidativos não foram alterados. Portanto, é possível que a inibição de enzimas do metabolismo energético possa contribuir para redução na produção de espécies reativas de oxigênio e consequente para a manutenção dos níveis basais dos marcadores tróficos e oxidativos. Os resultados demonstram que M. harttii pode ativar mecanismos fisiológicos baseados na diminuição do metabolismo para reduzir o estresse causado pela exposição combinada aos estressores