A disciplina de Monografia como espaço de produzir experiências sobre a docência mediadas pela escrita e no coletivo: potência na formação de professores-pesquisadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Calixto, Vivian dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/4821
Resumo: Esta pesquisa apresenta algumas compreensões acerca da constituição de licenciandos formandos ao longo do processo de produção de pesquisa, na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia1, do Curso de Química – Licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Foram analisadas as escritas dos diários de pesquisa de dezessete licenciandos, produzidos em 2010, com o objetivo de compreender a formação de professores-pesquisadores ao fazer pesquisa na disciplina de monografia. A necessidade e a busca por teóricos foram surgindo e se tornando mais conectadas à pesquisa realizada, sob a forma de uma curiosidade epistemológica (FREIRE, 1996); à medida que a pesquisa progredia, novas questões surgiam e orientavam a escrita e as leituras. Foi necessário compreender que professor-pesquisador é o que investiga e busca, em sua prática, compreensões e aprendizagens, por meio da relação entre ensinar e aprender (GALIAZZI, 2011; MALDANER, 2006). Além de questões articuladas a formação de professores, da estrutura da licenciatura foco da pesquisa e do ambiente em que as informações foram produzidas pelos colaboradores de pesquisa. A própria escrita envolvida na produção dos diários demandou imersão e estudo, pois se escreve para pensar e, na formação de professores, a potencialidade envolvida é muito instigante e envolvente. A metodologia de análise dos diários de pesquisa está ancorada na Análise Textual Discursiva (ATD), desenvolvida por Moraes e Galiazzi (2007). Da análise dos dezessete diários via ATD, por meio da unitarização e categorização, chegou-se a 459 unidades de significados, 48 categorias iniciais, 8 categorias intermediárias e 3 categorias finais. As três categorias finais são: A temática na pesquisa: a vivência dos estágios produzindo experiências sobre ser professor-pesquisador; A escrita como forma de constituir-se professor-pesquisador: pensar a pesquisa a partir de si em si e dos outros em si e Uma Comunidade Aprendente sobre fazer pesquisa em Educação Química. Como proposta de expor as compreensões construídas sobre os processos de formação desses licenciandos, fez-se a opção de, por meio de um jogo de trilha baseado no desenvolvido por Pereira (1996), pensar e problematizar os percursos de vir a ser professor-pesquisador expostos nas categorias. Diante da análise e do estudo realizado, pode-se compreender que a constituição do professor-pesquisador é fundamentada pelo trabalho coletivo, por espaços de diálogo e escrita, na interação com a escola e na compreensão de aprendizagem e pesquisa a partir da prática.