O imaginário da morte na literatura infantil e juvenil contemporânea: os contos maravilhosos de Marina Colasanti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ramos, Patricia de Lara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8024
Resumo: Esta pesquisa tem, como objetivo principal, analisar as imagens que simbolizam a morte nos contos maravilhosos da escritora contemporânea Marina Colasanti, partindo da premissa que a autora emprega, recorrentemente,alguns símbolos que remetem a esta temática em sua contística. Desse modo, eles podem ser analisados e ter seu significado desvelado a partir dos estudos do imaginário, permitindo uma leitura que vai além do que está expresso na história maravilhosa, que aprofunda o entendimento sobre o tema sem, muitas vezes, tocar no vocábulo morte,apenas entrelaçando as imagens simbólicas no texto. Para tanto, perscrutamos os contos maravilhosos da autora, especialmente na obra intitulada Mais de 100 histórias maravilhosas, e identificamos, entre reis, princesas, reinos, florestas e animais diversos, imagens que conduzem a um desfecho que se refere à morte nos mais distintos contextos ligados ao homicídio, ao suicídio, ao desejo de morrer, ao desejo da morte do outro para se sentir livre, à superação do luto e ao envelhecimento.Esta pesquisa está,majoritariamente,baseada nos pressupostos teóricos do estruturalismo figurativo de Gilbert Durand, contando, também, com as contribuições de Gaston Bachelard.Ainda, contamos com o aporte teórico de Ana Maria Machado, Bruno Bettelheim, Ligia Cademartori, Marieta Cunha,Nelly Novaes Coelho e Regina Zilberman,que nos auxiliou a traçar considerações sobre a literatura infantil e juvenil, na qual se encaixam os contos maravilhosos escolhidos para análise.Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, calcada em um prisma que dialoga com o estruturalismo figurativo e com a fenomenologia sem desconsiderar os apontamentos da psicobiofísica, da filosofia, de algumas religiões (tais como o Cristianismo, o Budismo, o Hinduísmo, o Jainismo e o Espiritismo), da antropologia e da psicologia.Os resultados desse processo investigativo e analítico apontam para a organização de 10 contos do livro Mais de 100 histórias maravilhosas,que, simbolicamente, têm como desfecho a morte de uma ou mais personagens,levando em consideração o tipo da morte refletido na história, sem, todavia, desenvolver uma síntese totalizadora da obra da autora, mas procurando demonstrar um olhar voltado ao imaginário da morte.