Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Castro, Alvaro Javier Fernández |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/10151
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação foi pesquisarar como é produzida a imagem da infância vítima através do discurso ambiental dos atores hegemônicos do/no Departamento de La Guajira (Norte da Colômbia), e suas relações com o colonialismo e o conflito socioambiental decorrente da mineração de carvão a céu aberto. Porém, fizeram-se várias ações como: a identificação dos elementos que criaram as condições para a instalação do conflito ambiental em La Guajira e a caracterização do conflito socioambiental, resultante da mineração assim como a sua aparição na mídia de massa e nas políticas públicas da infância na Colômbia. Posteriormente, foram discutidos os elementos coloniais em torno à construção da imagem da infância indígenas Wayúu, e além problematizou-se o uso da imagem da infância vítima para justificar o projeto de mineração em La Guajira. Desenvolveu-se a metodologia baseada numa perspectiva descolonial, a partir de uma análise do discurso dos atores hegemônicos; Estado, Empresa de mineração e Mídia de massa. Percebe-se a linguagem como uma construção que permite pensar sobre a materialidade dos sentidos, sujeitos e a sua produção histórica, ou seja, as relações de poder são também discursivas e políticas. Nessa análise, utilizou-se a ferramenta Atlas.ti, que serviu de suporte metodológico na organização das informações e na análise da mesma, permitindo a identificação de padrões e categorias emergentes na linguagem usada pelos atores hegemônicos em relação às infâncias, o indígena e a natureza. para a sistematização e reflexão do estudo, identificou-se que o Extrativismo, o Desenvolvimento e Crise humanitária em La Guajira, são questões que fazem parte da agenda da grande mídia na Colômbia e que tais questões são parte da agenda das classes dirigentes e empresariais do país, e também das agendas pública e política. Nesta é produzida e reproduzida, nos e pelos discursos, uma imagem da infância Wayúu vítima do fenômeno do niño e a corrupção do governo local. Neste sentido, conclui-se que os atores hegemônicos usam o discurso ambiental e a imagem da infância, para justificar o extrativismo como essencial para melhorar as condições de vida em La Guajira, enquanto subalterniza as práticas e saberes indígenas através de construções do território como um lugar selvagem e corrupto, mantendo-o assim no status de periferia para exercer o controle e administração simbólica do território e dos indígenas desde os centros urbanos. |