Protocolo assistencial de enfermagem cardiológica perioperatória ao paciente em uso de marca-passo

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Barbosa Junior, Gregório Martins
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Enfermagem cardiológica; Medicina perioperatória; Biomarcadores
• Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/590208

O estudo objetivou a construção e validação de um protocolo de assistência de enfermagem ao paciente com marca-passo. Trata-se de estudo metodológico desenvolvido em quatro etapas. Na 1ª etapa: foi realizada uma pesquisa qualitativa para conhecer o processo de enfermagem desenvolvido pelo enfermeiro ao paciente com marca-passo e sua reflexão sobre um protocolo assistencial. Foi desenvolvida em um hospital público conveniado ao Sistema Único de Saúde, de nível terciário, referência no atendimento de doenças cardiopulmonares em Fortaleza/CE, Brasil. Os participantes foram 23 enfermeiros que atuam nas unidades cardiológicas com pacientes admitidos para implante ou troca de marca-passo e que aceitaram participar do estudo através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados foram coletados a partir de uma entrevista semiestruturada e analisados pela análise de conteúdo conforme os preceitos de BARDIN e aplicação do IRAMUTEQ. Na 2ª etapa: foi realizada uma revisão integrativa, com a questão norteadora: Quais as publicações disponíveis acerca das evidências dos cuidados de enfermagem aos pacientes com marcapasso? O levantamento das pesquisas foi realizado por meio de consultas nas bases de dados: BDENF, MEDLINE, LILACS, COCHRANE, CINAHL e IBECS. Os descritores controlados utilizados do Decs/Mesh – foram: Cuidados de Enfermagem/Nursing Care/Atención de Enfermería; Marca-passo artificial/Pacemaker, artificial/Marcapaso Artificial e Enfermagem/Nursing/ Enfermería. Encontrou-se 7 artigos que abordaram aspectos relevantes e relacionados com o cuidado: seguro e efetivo; individual e conforme os valores de cada paciente; educação e saúde por meio de meios educativos (folder, cartilha etc) e o enfermeiro deverá buscar meio de atualizações e validações das competências ao cuidar dessa população de paciente. O conteúdo exposto pela Revisão Integrativa foi analisado pelo nível de evidência e grau de recomendação, estes realizados mediante a utilização do sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). Na 3ª etapa, a partir das evidências obtidas através da revisão integrativa e a necessidade dos enfermeiros assistenciais, o protocolo foi construído e representado através de textos, fotos e fluxograma e quadros. Posteriormente o protocolo foi formatado por um designer, para definir sua aparência. Na 4ª e última etapa, foram selecionados 14 juízes/experts na área. Para a análise do protocolo foi utilizado o instrumento Appraisal of Guidelines for Research e Evaluation (AGREE II). Após análise dos dados se obteve mais de 91% de adequabilidade e uma amostra homogênea (CVP < 25%) nas opiniões e pontuações das respostas dos juízes. Evidenciou-se que a validação de conteúdo como tecnologia assistencial para o enfermeiro tem forte evidência para a qualidade da assistência. Foram atendidos os aspectos ético-legais da pesquisa envolvendo seres humanos obedecendo à Resolução Nº 466/12 instituída pelo Conselho Nacional de Saúde e suas complementares, como a Resolução do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde 510/16, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza com o Nº de Parecer 5.724.934 e o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Messejana Dr Carlos Alberto Studart Gomes com o Nº de Parecer 5.805.676. Acredita-se que essa tecnologia denominada "Ecardio", seja essencial para nortear as ações do enfermeiro no cuidado dos pacientes portadores de marca-passo, trazendo segurança na prestação da assistência ao se basear em princípios éticos e científicos. Recomenda-se estudos futuros venham a aperfeiçoar o protocolo e seja possível difusão e adequações a outras realidades de instituições de saúde. Descritores: Enfermagem. Marca-passo Artificial. Protocolos Clínicos. Estimulação Cardíaca Artificial.