O processo de gestão do cuidado às mulheres hospitalizadas por abortamento: contribuições da enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Strefling, Ivanete da Silva Santiago
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/5997
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratório-descritiva, desenvolvida junto aos profissionais de enfermagem, atuantes na Maternidade e no Centro Obstétrico do Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa Júnior (HU), da Universidade Federal do Rio Grande – RS, com os objetivos de conhecer as percepções dos profissionais de enfermagem a respeito da gestão e da realização do cuidado de enfermagem proporcionado às mulheres hospitalizadas por abortamento e identificar o que pensam a respeito do cuidado centrado nas necessidades integrais e da realização de aconselhamento reprodutivo como estratégia de promoção da saúde. Após parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisas na Área da Saúde, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dezenove profissionais de enfermagem, durante o mês de novembro de 2012. Para análise, utilizou-se a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) proposta por Lefrève. Os resultados encontrados nesta pesquisa apontam que a maioria dos profissionais de enfermagem reconhece a importância da gestão do cuidado ser planejada com base nos direitos humanos, para que sua efetivação abranja as necessidades integrais da mulher em processo de abortamento, porém, percebem o atendimento deficitário e centrado nos aspectos biológicos. Quanto às atividades de promoção da saúde reprodutiva, com vistas à prevenção de novos episódios de abortamento, foi identificado que não é empregada nenhuma estratégia educativa eficaz. Quando os profissionais de enfermagem fornecem orientações, estas ficam restritasà contracepção e não geram nenhum impacto, pois a transmissão das informações é feita verticalmente, sem considerar os aspectos culturais ou influências do contexto vivido pelas mulheres para a efetiva assimilação. Assim sendo, salienta-se a importância da capacitação e sensibilização tanto dos enfermeiros, que planejam, gerenciam e avaliam o processo de trabalho, quanto dos demais membros da equipe de enfermagem para o alcance da humanização do atendimento no processo abortivo. Destaca-se a importância deste trabalho como subsídio à reflexão sobre a responsabilidade dos trabalhadores de enfermagem na resolutividade dos agravos gerados pelo aborto.