Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Langa, Avelino Ângelo Adolfo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/10288
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Resumo: |
A concentração clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique é sazonal, ca-racterizada por um máximo durante os meses de inverno e por menores concentrações nos restantes meses do ano. Os processos físicos que modulam esta variabilidade temporal da clorofila carecem de estudos mais aprofundados. No presente estudo, recorre-se ao modelo hidrodinâmico regional acoplado ao modelo biogeoquímico configurado para o Canal de Moçambique, para investigar os processos que controlam a sazonalidade da clorofila na região. O máximo (mínimo) da clorofila superficial no Canal de Moçambique coincide com a maior (menor) intensidade do stress do vento e com os valores negativos (positivos) do fluxo de calor, o que sugere um efeito combinado das duas forçantes na modulação da camada de mistura e na sazonalidade da clorofila superficial. A simulação climatológica é comparada a uma série de experimentos de sensibilidade envolvendo variantes do stress vento e o fluxo de calor com o intuito de aferir a importância de cada uma das duas forçantes na profundidade da camada de mistura e na sazonalidade da clorofila superfi-cial. Os resultados indicam que além do stress do vento, o fluxo de calor é fundamental para a sazonalidade da clorofila superficial no norte do Canal de Moçambique. O fluxo de calor condiciona o ’timing’ do máximo da clorofila superficial durante o inverno, devido a sua influência na redução da estratificação da coluna de água. Por sua vez, o vento é responsável pela magnitude da clorofila superficial através das velocidades verticais que intensificam o transporte vertical de nutrientes (nitrato) e da clorofila sub-superficial para a superfície. Também foi analisada a produção primária em todo o canal, onde o aumento do nitrato na zona eufótica estimulou a nova produção primária durante o inverno, tendo contribuído com cerca de metade da produção primária (f-ratio 0.5). Na comparação en-tre o efeito do vento e do fluxo de calor nas três regiões do Canal de Moçambique, o vento mostrou ser mais relevante para a produção primária durante o inverno no norte devido a à sua ampla magnitude. Por outro lado, no centro e sul do canal onde o vento tem menor variabilidade ao longo do ano o fluxo de calor aparenta ser mais relevante para o suprimento de nutrientes para a nova produção primária. A introdução dos ventos diários aumentou a produção primária em até 70% no oceano aberto, quando comparada com a simulação com ventos mensais. O aumento na produção primária na simulação diária deveu-se à intensa mistura vertical causada pela intensificação das velocidades. |