Fadas, bruxas, príncipes e princesas: as representações sociais nos contos de fadas clássicos e suas adaptações cinematográficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cosme, Ana Luisa Feijó
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9207
Resumo: A presente tese tem por objetivo analisar como as representações sociais nos contos de fadas clássicos e suas adaptações cinematográficas modificaram-se, conforme seu contexto de produção. A partir desta pesquisa, pretendemos contribuir com a História da Literatura, através da premissa de que a literatura possibilita que identifiquemos, no texto literário, representações sociais. Sendo assim, observamos, mediante um viés comparativo, os personagens fada, bruxa, príncipe e princesa. Tal estudo, em que foram consideradas as particularidades da literatura e do cinema, mostra como ocorrem alterações ao comparar as adaptações com os textos-fonte, compreendendo como e por que elas acontecem. Ademais, possibilita compreender qual a intenção - homenagem ou crítica - da adaptação em relação ao texto-fonte, seguindo a teoria da adaptação proposta por Linda Hutcheon. Como corpus deste trabalho, selecionamos duas versões do conto "Branca de Neve" (1812/1815 e 1822), dos Irmãos Grimm; suas adaptações fílmicas Branca de Neve e os sete anões (1937), dos Estúdios Walt Disney, dirigida por David Hand; e Espelho, espelho meu (2012), dirigida por Tarsen Singh; e as versões da história da Bela Adormecida de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm - "Bela Adormecida no bosque" (1697) e "A Bela Adormecida" (1812/1815), respectivamente; a adaptação cinematográfica A Bela Adormecida (1959), dirigida por Clayde Geronomi, e o filme Malévola (2014), de Robert Stromberg, ambos também dos Estúdios Walt Disney. Nossa análise pauta-se nas obras História da vida privada, organizada por Philiphe Ariès e Georges Duby (1991), e Minha história das mulheres, de Michelle Perrot (2008). Como principal fundamentação teórica, utilizamos as concepções de Linda Hutcheon, sobretudo aquelas constantes em seu livro Uma teoria da adaptação (2013). Além disso, fizemos uso dos estudos de Bruno Bettelheim (2007), Robert Darnton (1986), Tomás Enrique Creus (2006), Manuela Penafria (2009), Stuart Hall (2014), Peter Hunt (2010), Julia Kristeva (1974), Nelly Novaes Coelho (1985, 2003 e 2010) e Robert Stam (2006 e 2008).