Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bergmann, Fabiane Borba |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8746
|
Resumo: |
O gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) possui ampla distribuição no continente Americano e apresenta dieta especializada em moluscos gastrópodes Pomacea. Aparentemente o comportamento de forrageio da espécie (e até mesmo seu comportamento seminômade) está relacionado às variações sazonais na disponibilidade de presas, bem como a fatores climáticos. O objetivo desse estudo foi descrever a estratégia de caça e avaliar as associações entre a atividade de forrageio do gavião-caramujeiro e os aspectos ambientais (temperatura, pluviosidade, velocidade do vento, profundidade do corpo d’água e tipo de vegetação). Observações diretas feitas entre janeiro de 2010 e março de 2011 em banhados do extremo sul brasileiro revelaram que para a captura dos moluscos as aves usaram predominantemente a estratégia de caça do tipo still hunting (79%). Apesar de apresentar especializações morfológicas para a extração dos moluscos da concha, a avaliação do tempo empregado pelas aves na procura e captura (55 s) e na manipulação (92,4 s) das presas sugere que esta última é a etapa mais lenta do processo de alimentação. Aparentemente a otimização do processo de forrageio (aumento no número de moluscos ingeridos) é feita por meio de redução no tempo de repouso entre sucessivas investidas de captura mal sucedidas (141 s), enquanto que o tempo de repouso entre as investida com sucesso foi maior (240 s). O gavião-caramujeiro apresentou uma alta taxa de eficiência de caça (76 %) comparada com outras aves de rapina. Entretanto, os dados sugerem certo grau de seletividade quanto à região inicial do forrageio (distâncias máxima entre os substratos de forrageio de menor que 1 m em 50% dos registros), sendo os mais utilizados: chão (45,6 % dos registros) e moirão (40 % dos registros). Observações indiretas realizadas entre fevereiro e dezembro de 2010 revelaram que a atividade de forrageio apresenta baixa relação com as variáveis climáticas testadas. Além disso, foram utilizados preferencialmente banhados com cobertura vegetal rasteira alagada, o que pode aumentar a acessibilidade aos moluscos. |