Mulheres negras no mercado de trabalho em Rio Grande-RS: Uma análise a partir de vivências no programa jovem aprendiz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nascimento, Elaine Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9447
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar como se dá a entrada da mulher negra no mercado de trabalho através da participação de uma política pública. As mulheres negras constituem a maior parte da população brasileira em proporção ao gênero e raça, recebem os piores salários, ocupam as piores condições de trabalho, possuem instabilidade de renda e são expostas nas mais diversas formas de violência e opressão, além de outras variadas formas de exclusões que seus corpos marcados pelo colonialismo estão expostos. Com isso, a questão de pesquisa levantada é: como se dá a inserção de mulheres negras em Rio Grande (Rio Grande do Sul, Brasil) a partir da participação no Programa Jovem Aprendiz? Os objetivos específicos são: evidenciar a trajetória de vida de mulheres negras até o acesso ao mercado de trabalho; identificar as barreiras percebidas pelas mulheres negras no acesso ao mercado de trabalho. A revisão teórica aborda discussões sobre o feminismo negro e sobre políticas públicas de inserção no mercado de trabalho. O método dos procedimentos metodológicos deste estudo qualitativo é o estudo de caso. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres negras que participaram da política pública Jovem Aprendiz e que residem em Rio Grande. A coleta foi realizada através de videochamadas em decorrência do período de isolamento social ocasionado pela pandemia do Novo coronavírus. Os resultados demonstraram que a política Jovem Aprendiz corrobora para a inserção de jovens no mercado de trabalho, porém, existem barreiras que estas enfrentam até chegarem aos postos de trabalho nas condições de aprendizes que não são percebidas pela política pública Jovem Aprendiz, o que contribui para a precariedade e a informalidade no trabalho e que são denunciadas pelas intersecções de gênero e raça. E não garante a permanência destas nestes locais.