Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Filgueira, Daza de Moraes Vaz Batista |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8255
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Resumo: |
Esta Tese de doutorado teve como objetivo investigar os mecanismos de sinalização induzidos pelas radiações UVA e UVB na resposta de migração pigmentar das células pigmentares retinianas do caranguejo Neohelice granulata e comparar com o mecanismo utilizado pelo hormônio dispersador de pigmentos (PDH). Os dados obtidos permitiram a elaboração de dois artigos. O primeiro teve como objetivo investigar se a radiação ultravioleta é capaz de induzir dispersão pigmentar nas células propostas e se nesta resposta existe a participação da via do óxido nítrico (NO) e se ocorre de forma semelhante a resposta ao ß-PDH. Para isso, as células pigmentares retinianas de N. granulata obtidas por dissociação celular foram tratadas com diferentes doses de UVA, UVB, ß-PDH ou SIN-1 (doador de NO). Para verificar os efeitos da UVR in vivo foram realizadas análises histológicas. Para verificar a participação da NO sintase foi utilizado um bloqueador específico (L-NAME) antes da exposição a UVA, UVB ou ß-PDH. As células pigmentares retinianas em cultura apresentaram dispersão pigmentar significativa em resposta ao UVA, UVB e ß-PDH. As mesmas respostas foram testadas e observadas in vivo. SIN-1 per si não induziu dispersão pigmentar nas células pigmentares retinianas em cultura. O L-NAME significativamente diminuiu o grau de dispersão induzido pela UVA e UVB, mas não pelo ß-PDH. Todas as células retinianas mostraram imunopositividade reativa contra nNOS. Desta forma, as radiações UVA e UVB são capazes de induzir dispersão pigmentar em células pigmentares retinianas de Neohelice granulata e esta dispersão pode ser dependente de óxido nítrico sintase. O segundo artigo teve por objetivo verificar os efeitos dos análogos de nucleotídeos cíclicos nas células pigmentares retinianas e analisar a interferência de inibidores de proteínas quinases (PKA, PKC e PKG) na resposta de dispersão pigmentar induzida por UVA, UVB ou ß-PDH. Para isso, as células foram expostas a análogos permeáveis dos nucleotídeos cíclicos AMPc e GMPc (8-Br-AMPc e 8-Br-GMPc). As células foram incubadas com inibidores específicos de proteínas quinase: KT5720, KT5823 ou calfostim (inibidores de PKA, PKG e PKC, respectivamente) e então tratadas com UVA, UVB ou ß-PDH. Os análogos dos nucleotídeos cíclicos induzem dispersão pigmentar nas células pigmentares retinianas. A dispersão pigmentar induzida pela UVA foi inibida pelos inibidores de PKA e PKG, as células expostas a radiação UVB tiveram suas respostas de dispersão pigmentar inibida pelos inibidores das três proteína quinases (PKA, PKC e PKG) enquanto que as células tratadas com ß-PDH tiveram a resposta de dispersão pigmentar inibida apenas pelo inibidor da PKG. Sendo assim, as células pigmentares retinianas de Neohelice granulata servem como modelo para o estudo de migração pigmentar. As radiações UVA e UVB bem como o neuro-hormônio ß-PDH induzem dispersão pigmentar nas células retinianas de Neohelice granulata assim como os análogos de nucleotídeos cíclicos. Apesar dos três agentes utilizados induzirem o mesmo efeito, dispersão pigmentar, as vias de sinalização utilizadas são diferentes. UVA tem esta via dependente de NOS, PKA e PKG. UVB tem esta via dependente de NOS, PKA, PKC e PKG, enquanto que o ß-PDH apresenta dependência apenas de PKG. Apesar das diferentes vias de sinalização utilizadas, a via dependente de PKG é comum aos três agentes efetores. Este quadro de sinalização intracelular envolvida com a dispersão pigmentar em células pigmentares de crustáceo se mostra diferente do quadro observado em células pigmentares retinianas de vertebrados. |