Mobilidade do limite praia duna no balneário Mostardense - RS : monitoramento por drone

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Simões, Rodrigo Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: FURG
• Palavras-chave em Português: Limite praia duna; Monitoramento por drone; Erosão costeira; Beach dune limit; Monitoring by drone; Coastal erosion
• Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8567

Este trabalho analisou a mobilidade do limite praia-duna defrontante ao balneário Mostardense, município de Mostardas, litoral médio do Rio Grande do Sul. Trabalhos anteriores revelaram que há problemas neste sítio urbano e adjacências relacionados a erosão costeira e a transgressão dunar em direção à retroterra, por vezes soterrando ocupações. Para identificar melhor esses processos, foi realizada uma coleta de imagens orbitais disponíveis no software Google Earth PRO, somadas a um acompanhamento mensal ao longo de um ano, com o auxílio de uma aeronave remotamente pilotada (drone), no intento de fornecer fotografias aéreas verticais da área de estudo. As imagens orbitais e os mosaicos de fotografias aéreas extraídas por drone foram processadas e comparadas nos softwares Agisof Photoscan e ArcMap 10.3, o que permitiu a vetorização do limite praia duna, caracterizando processos de erosão por ação marinha e recomposição por ação eólica. Fotografias aéreas oblíquas e em solo também foram utilizadas para auxiliar na compreensão dos processos. Dados meteorológicos e oceanográficos foram levantados para o local, permitindo compreender melhor os processos responsáveis pela dinâmica analisada. Os dados produzidos conjuntamente com a revisão da bibliografia regional, apontam para um processo erosivo acentuado no balneário Mostardense. As taxas de variação de linha de costa no referido balneário, foram próximas as encontradas em dois "hotspots" erosivos, bastante conhecidos na costa do RS (Balneário Hermenegildo e Farol da Conceição). Embora também tenham sido encontrados valores de recomposição do limite praia duna em alguns períodos, estes foram muito inferiores aos valores erosivos. Os resultados permitem identificar que os processos erosivos das dunas frontais ocorrem por ondas de alta energia, tendo destaque para a erosão ocorrida em outubro de 2016. Este conjunto de informações também demonstra o comportamento não linear do limite praia duna, podendo apresentar estabilidade durante todo ano, e sofrer considerada erosão em um único evento com duração de um a dois dias. Atualmente as dunas estão sendo obliteradas, ou seja, destruídas por ação marinha, sendo progressivamente suprimidas entre o pós praia e as edificações. Processos de recomposição são ocasionados pela ação de vento nordeste embora não tenha havido relação direta com a sazonalidade destes processos. Por fim, foi possível analisar a situação das edificações a beira mar em relação aos processos de erosão costeira e movimentação eólica a partir de um produto cartográfico síntese. Os dados revelam que as edificações, sobretudo as mais próximas ao mar, estão ameaçadas pelos processos marinhos e eólicos atuantes.