Gestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Sheila Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10157
Resumo: Objetivou-se identificar os fatores que influenciam a gestão do regime terapêutico da pessoa idosa com Diabetes Mellitus Tipo 2. Realizou-se pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi efetuada nos meses de abril e maio do ano de 2015 no Centro Integrado de Diabetes de um Hospital Universitário do sul do Brasil, com 10 pessoas idosas, por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise textual discursiva. Evidenciou-se que o descobrimento da doença ocorre na faixa etária dos 40 anos. A polidipsia é o principal sintoma que leva à descoberta da patologia. Os participantes possuíam histórico familiar da doença na maioria dos casos. O processo de aquisição de conhecimentos em Diabetes Mellitus ocorreu em consulta a médico do serviço especializado. Enfermeiros, nutricionistas e multiplicadores de informações também mostraram-se relevantes para a aquisição de conhecimentos. As práticas educativas foram efetivas a partir do momento em que houve absorção dos conhecimentos pelos participantes, assim como a busca por novas informações. A hipertensão arterial foi a comorbidade referida como a que mais os acomete, seguida pelas doenças osteomusculares. As complicações elencadas foram a retinopatia diabética, a catarata, os problemas vasculares, o glaucoma, a nefropatia diabética, a disfunção erétil e a hipoglicemia. Os participantes referiram abusos, ainda que estejam cientes da importância de uma dieta alimentar adequada para a manutenção do tratamento. As comorbidades e complicações dificultam/impedem a realização de atividade física e a participação em grupos de apoio. Em relação às medidas farmacológicas, verificou-se a ocorrência de polifarmácia. Os participantes utilizavam insulina associada aos hipoglicemiantes orais. Os efeitos colaterais motivam a interrupção da terapia medicamentosa. A aceitação da condição de saúde mostrou-se associada à funcionalidade, e a limitação atrelada à restrição alimentar, destacando-se a dos doces. A rede de apoio é constituída pela família, serviços de saúde, grupos de apoio e religiosidade/espiritualidade. Atribui-se o sucesso do tratamento aos cuidados com a doença, à fé e à paz interior. Os obstáculos consistem na falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde, no elevado preço dos alimentos próprios para este público e na dificuldade em realizar consulta com profissional especializado. Acredita-se que este estudo, ao evidenciar os fatores atuantes como facilitadores e dificultadores que influenciam a gestão do regime terapêutico, poderá subsidiar intervenções de enfermagem que venham a colaborar com as necessidades da pessoa idosa com a doença, e a gerar benefícios à manutenção da qualidade de vida, à autonomia e à independência. O estudo poderá contribuir com a assistência oferecida pelo Centro Integrado de Diabetes às pessoas idosas.