Mito e símbolo em autran dourado: uma leitura de Os Sinos da Agonia pela perspectiva do imaginário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Figueiredo, Nathaniel Reis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/6101
Resumo: O presente estudo propõe uma análise do imaginário de Os sinos da agonia, originalmente publicado em 1974, do escritor mineiro Autran Dourado (1926-2012). Constatando que a fortuna crítica identifica a relação do romance com o mito de Hipólito e Fedra através de relações de analogias, parte-se da premissa de que uma análise do mítico na literatura deve ser realizada primeiramente através da compreensão de como as imagens simbólicas estão expressas dentro da obra de arte. Para tanto, utilizou-se do referencial teórico do imaginário encontrado na psicologia das profundezas de Carl Gustav Jung, na filosofia da imaginação material de Gaston Bachelard e na antropologia do imaginário de Gilbert Durand. De tais posturas teóricas derivam um método de crítica do imaginário na literatura, conhecido como mitocrítica, que propõe analisar sincronicamente uma narrativa para compreender os conteúdos repetitivos que se relacionam no fio diacrônico do discurso. Com tal abordagem, foi possível identificar a organização das principais imagens do romance, consteladas em mitemas, até chegar ao “segundo texto”, a dinâmica do mito literário presente na narrativa. Ao compreender o núcleo mítico da obra, seu sermo mythicus, as relações com a história de Hipólito e Fedra foram complexificadas, através da percepção de que o livro realiza um diálogo vivo com o mito arcaico, dando significado existencial a uma narrativa sobre o tabu do incesto que toca questões simbólicas da relação entre o homem, o tempo e a morte.