Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Marcelo Augusto Germani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8164
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Resumo: |
Os tumores cerebrais são considerados as neoplasias malignas mais agressivas que se desenvolvem no sistema nervoso central (SNC), acometendo aproximadamente 5,26 em cada 100.000 indivíduos na população mundial. Dentre eles, o glioblastoma é o mais comum e o que apresenta o maior grau de malignidade, representando cerca de 54% dos tumores malignos desenvolvidos no SNC. Os tratamentos para os tumores cerebrais tornam-se difíceis por dois principais fatores: a entrega de fármacos ao SNC, a qual é dificultada em razão da presença da barreira hematoencefálica (BHE) e o fenômeno de resistência a múltiplas drogas (MDR), caracterizado principalmente pela expressão de proteínas que realizam o efluxo dos quimioterápicos para fora da célula. A radioterapia é um tratamento adjuvante utilizado junto à administração da Temozolomida (TMZ), o principal quimioterápico utilizado no tratamento do glioblastoma. Contudo, por ser uma radiação ionizante, seus efeitos acabam danificando células e tecidos saudáveis adjacentes à região do tumor, gerando acentuados efeitos colaterais. Dentre as muitas terapias para o câncer, destacamos aqui a terapia fotodinâmica (TFD), uma combinação entre radiação e um fotossensibilizador capaz de absorver a radiação e gerar danos às células tumorais. A radiação infravermelha próxima (RI-A) é uma fonte de radiação eletromagnética não-ionizante, com reconhecidos efeitos biológicos descritos na literatura, destacando-se seus efeitos antioxidantes, neuroprotetores e antitumorais. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da interação entre a TMZ e a RI-A na linhagem de glioblastoma C6. Como metodologias, avaliamos os efeitos da TMZ (10, 50, 100, 250, 500 e 1000 µM), da RI-A (2; 3,5; 4,5 e 6 J/cm2) e da interação entre TMZ e RI-A, através do ensaio de viabilidade celular por exclusão com azul de tripan. Para seguir os experimentos, escolhemos a interação entre 10 µM de TMZ e 4.5 J/cm2 de RI-A. A partir dessas condições, avaliamos a citotoxicidade pelo ensaio de apoptose/necrose, a proliferação celular através da análise de índice mitótico, os níveis intracelulares de espécies reativas de oxigênio (ERO), bem como o processo de migração celular e a atividade da glicoproteína-P. Como resultados de viabilidade celular, a TMZ apresentou efeito significativo a partir da concentração de 100 µM e a RI-A sozinha não apresentou resultados significativos nas doses testadas. A morte celular, principalmente por apoptose, seguida de necrose, a diminuição na proliferação celular, um aumento nos níveis intracelulares de ERO, uma diminuição no processo de migração celular e uma menor atividade da glicoproteína-P foram observados apenas quando houve a interação entre a TMZ e a RI-A. Nossos resultados sugerem que há uma interação entre a TMZ e a RI-A, o que nos leva a acreditar que, futuramente, essa interação possa servir como uma estratégia antitumoral e utilizada como uma TFD. |