A construção da autonomia na adolescência : a tomada de decisão sob uma perspectiva neurocientífica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fonseca, Marcelo Cadaval da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8553
Resumo: As práticas pedagógicas, em geral, oferecem uma formação padronizada e não levam em consideração as especificidades de cada sujeito, o que não favorece o desenvolvimento da autonomia. Com relação ao estudante adolescente, a escola, como locus de interação humana e exploração de conhecimento científico, oportuniza a esse aluno que vivencia uma fase de transição e de construção da identidade um ambiente com demandas cognitivas e socioemocionais, influenciando na sua autopercepção e afetando seu processo de individuação. Assim, considerando os avanços das neurociências no campo da cognição social e a possibilidade do tema ser abarcado no Ensino Médio, pesquisa objetivou investigar como o conhecimento científico na área das neurociências pode contribuir na autopercepção dos adolescentes e interferir na construção da autonomia dos mesmos. Constituíram objetivos específicos: caracterizar a autopercepção adolescente na construção de sua autonomia antes de intervenção com temática na área da neurociência; identificar as possíveis interferências proporcionadas pelo convívio social entre os adolescentes no desenvolvimento da autonomia desses sujeitos; caracterizar a autopercepção adolescente na construção de sua autonomia pós intervenção; analisar possíveis mudanças na autopercepção adolescente pós intervenção com temática na área de neurociências. Trata-se de pesquisa qualitativa que envolveu curso de "Autopercepção e autonomia" com fudamentos na área das neurociências, para 10 alunos do 3º ano, do Ensino Médio, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande. Foi aplicada entrevista semiestruturada antes e pós curso e os dados foram submetidos à analise de conteúdo de Bardin. A escolha da amostra se justifica pelo fato de que os adolescentes, cognitivamente, estão aptos a discorrer sobre aspectos do seu próprio comportamento, sendo seu self objeto de autoreflexão. A compilação das falas permite argumentar em prol da ideia de que o conhecimento neurocientífico, quando explorado na educação regular amplia o léxico ao influir na memória semântica e atingindo a autoconversa no hemisfério esquerdo. Dessa forma, pode contribuir para o aprimoramento da autopercepção e afetar a construção da autonomia à medida que favorece o desenvolvimento de uma reflexividade autônoma em contraponto a uma ação, excessivamente, reflexiva comunicativa. Uma autoreorganização em direção à reflexividade autônoma conduz a um movimento de afastamento da persona a partir da construção da autoreferência com vistas a práticas pessoais que culmine em um processo de individuação.